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31/03/2007
-
16h23
DENYSE GODOY
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Washington
Ao deixar, na tarde deste sábado, a casa em Washington onde passou a noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com jornalistas sobre o último capítulo da crise nos aeroportos. "Falei hoje pela manhã com o brigadeiro [Juniti] Saito, [comandante da Aeronáutica] e com o ministro [da Defesa] Waldir Pires para que a gente até terça-feira tenha uma solução definitiva", afirmou.
Ele mencionou uma "reestruturação do setor" mas não quis dar maiores detalhes a respeito. "Tudo isso vou discutir na segunda-feira com o ministro da Defesa, com o brigadeiro Saito, com o [vice-presidente] José de Alencar, que está na presidência hoje, e encontraremos uma solução", destacou.
Lula tomou conhecimento da greve dos controladores de vôo ontem à noite, a bordo do avião presidencial, quando voava para os EUA. Chegando à Blair House --casa oficial de hóspedes dos presidentes americanos--, foi abordado pelos repórteres, mas não quis se pronunciar. "Eu conversei com o ministro [do Planejamento] Paulo Bernardo, com o brigadeiro Saito, com o vice-presidente da República, com o ministro Waldir Pires até quase uma hora da manhã, exigi que eles resolvessem o impasse que estava acontecendo naquele momento", contou hoje, acrescentando que o problema é estrutural e já vem de muito tempo.
"Eu não posso aceitar a idéia de que o comportamento de algumas pessoas, por mais justo que seja [a reivindicação], possa deixar milhares e milhares de pessoas no aeroporto por cinco, seis, sete horas, sem levar em conta que tem criança, sem levar em conta que tem homens e mulheres que têm destino pra chegar, que pagaram uma passagem e portanto têm que ser tratadas com respeito", disse. "As pessoas que têm uma função que é considerada função essencial precisam ter mais responsabilidade do que outras."
O presidente não quis confirmar se ordenou que não fosse dada voz de prisão aos controladores de vôo na noite de sexta-feira. Ele preferiu responder fazendo uma analogia com futebol. "Você assiste futebol na televisão, né? E você percebe que, quando um time entra em campo, tem um banco de reserva de seis ou sete jogadores sentadinhos ali esperando a oportunidade. Ora, você só pode tomar uma decisão drástica se você tem uma equipe de substitutos", afirmou. "Nessa hora não existe possibilidade de radicalização, nem dos controladores, nem do governo, nem da Aeronáutica."
Lula rumou depois para Camp David, onde se encontrará com o presidente dos EUA, George W. Bush.
Greve
Na noite de sexta-feira (30), a paralisação dos controladores suspendeu decolagens e lotou aeroportos no país. Os reflexos do protesto, com atrasos em vôos, deve continuar a ser sentido nos próximos dias.
A manifestação chegou ao fim somente após acordo firmado com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que prevê a discussão dos itens reivindicados e uma reunião com o presidente Lula.
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Enviada especial da Folha de S.Paulo a Washington
Ao deixar, na tarde deste sábado, a casa em Washington onde passou a noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com jornalistas sobre o último capítulo da crise nos aeroportos. "Falei hoje pela manhã com o brigadeiro [Juniti] Saito, [comandante da Aeronáutica] e com o ministro [da Defesa] Waldir Pires para que a gente até terça-feira tenha uma solução definitiva", afirmou.
Ele mencionou uma "reestruturação do setor" mas não quis dar maiores detalhes a respeito. "Tudo isso vou discutir na segunda-feira com o ministro da Defesa, com o brigadeiro Saito, com o [vice-presidente] José de Alencar, que está na presidência hoje, e encontraremos uma solução", destacou.
Lula tomou conhecimento da greve dos controladores de vôo ontem à noite, a bordo do avião presidencial, quando voava para os EUA. Chegando à Blair House --casa oficial de hóspedes dos presidentes americanos--, foi abordado pelos repórteres, mas não quis se pronunciar. "Eu conversei com o ministro [do Planejamento] Paulo Bernardo, com o brigadeiro Saito, com o vice-presidente da República, com o ministro Waldir Pires até quase uma hora da manhã, exigi que eles resolvessem o impasse que estava acontecendo naquele momento", contou hoje, acrescentando que o problema é estrutural e já vem de muito tempo.
"Eu não posso aceitar a idéia de que o comportamento de algumas pessoas, por mais justo que seja [a reivindicação], possa deixar milhares e milhares de pessoas no aeroporto por cinco, seis, sete horas, sem levar em conta que tem criança, sem levar em conta que tem homens e mulheres que têm destino pra chegar, que pagaram uma passagem e portanto têm que ser tratadas com respeito", disse. "As pessoas que têm uma função que é considerada função essencial precisam ter mais responsabilidade do que outras."
O presidente não quis confirmar se ordenou que não fosse dada voz de prisão aos controladores de vôo na noite de sexta-feira. Ele preferiu responder fazendo uma analogia com futebol. "Você assiste futebol na televisão, né? E você percebe que, quando um time entra em campo, tem um banco de reserva de seis ou sete jogadores sentadinhos ali esperando a oportunidade. Ora, você só pode tomar uma decisão drástica se você tem uma equipe de substitutos", afirmou. "Nessa hora não existe possibilidade de radicalização, nem dos controladores, nem do governo, nem da Aeronáutica."
Lula rumou depois para Camp David, onde se encontrará com o presidente dos EUA, George W. Bush.
Greve
Na noite de sexta-feira (30), a paralisação dos controladores suspendeu decolagens e lotou aeroportos no país. Os reflexos do protesto, com atrasos em vôos, deve continuar a ser sentido nos próximos dias.
A manifestação chegou ao fim somente após acordo firmado com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que prevê a discussão dos itens reivindicados e uma reunião com o presidente Lula.
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