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31/03/2007
-
18h22
da Folha Online
Os controladores de tráfego aéreo poderão passar a exercer, independentemente da gestão militar, o controle de "natureza civil", a partir da criação de um novo órgão, subordinado ao Ministério da Defesa. A proposta foi divulgada na tarde deste sábado pelo Comando da Aeronáutica, por meio do Centro de Comunicação Social, e a expectativa é que o órgão seja criado nos próximos dias.
A medida foi avaliada após a paralisação dos controladores, na sexta-feira (30), que levou novo caos aos aeroportos do país. Uma das reivindicações da categoria é a desmilitarização, assunto que o governo federal concordou em discutir, de acordo com uma minuta de negociação assinada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e que levou ao fim do protesto.
Com a medida, haveria um desmembramento do setor: os militares da Aeronáutica ficariam apenas responsáveis pela defesa do espaço aéreo, enquanto o novo órgão, subordinado ao Ministério da Defesa, cuidaria do controle de tráfego aéreo.
"Os militares e civis que atuam em órgãos de controle de tráfego aéreo passarão à subordinação dessa nova organização. A Aeronáutica continuará com sua atribuição institucional de Controle do Espaço Aéreo, cabendo ao novo órgão a ser criado o Controle da Circulação Aérea Geral", diz a nota da Aeronáutica.
O texto diz, ainda, que a o Comando da Aeronáutica "compreende a posição assumida pelo governo, em face da sensibilidade do assunto para os interesses do país, principalmente no tocante à garantia da tranqüilidade do público usuário de transporte aéreo".
Motim
A paralisação dos controladores, na noite de sexta, suspendeu as decolagens na maior parte do país e lotou aeroportos. Segundo estimativas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), devido à paralisação dos controladores, mais de 18 mil pessoas tiveram os embarques prejudicados.
Também na sexta, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo divulgou um manifesto sem assinaturas, mas em nome dos controladores de tráfego aéreo brasileiros. Pelo documento, os profissionais reivindicavam, principalmente, o "fim das perseguições e retorno imediato dos representantes de associações e supervisores afastados de suas funções de origem". O argumento seria uma referência, especialmente, à situação de um dos maiores líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, transferido do Cindacta-1, em Brasília para um destacamento em Santa Maria (RS).
No início da madrugada deste sábado, o governo cedeu às exigências dos controladores, depois do novo apagão aéreo ocorrido no país. De acordo com a minuta de negociação assinada, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir de terça-feira (3); e a desmilitarização do controle do tráfego.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, GABRIELA MANZINI, da Folha Online. Com Folha de S.Paulo, em Brasília
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Novo órgão pode ser criado para desmilitarizar controle de tráfego aéreo
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Os controladores de tráfego aéreo poderão passar a exercer, independentemente da gestão militar, o controle de "natureza civil", a partir da criação de um novo órgão, subordinado ao Ministério da Defesa. A proposta foi divulgada na tarde deste sábado pelo Comando da Aeronáutica, por meio do Centro de Comunicação Social, e a expectativa é que o órgão seja criado nos próximos dias.
A medida foi avaliada após a paralisação dos controladores, na sexta-feira (30), que levou novo caos aos aeroportos do país. Uma das reivindicações da categoria é a desmilitarização, assunto que o governo federal concordou em discutir, de acordo com uma minuta de negociação assinada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e que levou ao fim do protesto.
Com a medida, haveria um desmembramento do setor: os militares da Aeronáutica ficariam apenas responsáveis pela defesa do espaço aéreo, enquanto o novo órgão, subordinado ao Ministério da Defesa, cuidaria do controle de tráfego aéreo.
"Os militares e civis que atuam em órgãos de controle de tráfego aéreo passarão à subordinação dessa nova organização. A Aeronáutica continuará com sua atribuição institucional de Controle do Espaço Aéreo, cabendo ao novo órgão a ser criado o Controle da Circulação Aérea Geral", diz a nota da Aeronáutica.
O texto diz, ainda, que a o Comando da Aeronáutica "compreende a posição assumida pelo governo, em face da sensibilidade do assunto para os interesses do país, principalmente no tocante à garantia da tranqüilidade do público usuário de transporte aéreo".
Motim
A paralisação dos controladores, na noite de sexta, suspendeu as decolagens na maior parte do país e lotou aeroportos. Segundo estimativas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), devido à paralisação dos controladores, mais de 18 mil pessoas tiveram os embarques prejudicados.
Também na sexta, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo divulgou um manifesto sem assinaturas, mas em nome dos controladores de tráfego aéreo brasileiros. Pelo documento, os profissionais reivindicavam, principalmente, o "fim das perseguições e retorno imediato dos representantes de associações e supervisores afastados de suas funções de origem". O argumento seria uma referência, especialmente, à situação de um dos maiores líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, transferido do Cindacta-1, em Brasília para um destacamento em Santa Maria (RS).
No início da madrugada deste sábado, o governo cedeu às exigências dos controladores, depois do novo apagão aéreo ocorrido no país. De acordo com a minuta de negociação assinada, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir de terça-feira (3); e a desmilitarização do controle do tráfego.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, GABRIELA MANZINI, da Folha Online. Com Folha de S.Paulo, em Brasília
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