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02/04/2007
-
12h44
da Folha Online
Um balanço divulgado pela Infraero mostra que 6,5% dos vôos programados para todo o país atrasaram mais de uma hora, entre a 0h e as 12h desta segunda-feira. Os atrasos atingiram 53 dos 820 pousos e decolagens previstos. Outros nove vôos foram cancelados --o que equivale a pouco mais de 1% do número total.
Toda a malha aérea nacional apresenta atrasos desde a noite de sexta-feira (30), quando os controladores de tráfego aéreo pararam por aproximadamente cinco horas. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o protesto prejudicou mais de 18 mil pessoas.
Na manhã desta segunda, antes da primeira reunião do segundo mandato já com o novo ministério, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e com o ministro da Defesa, Waldir Pires, para obter um relato da situação do controle do tráfego aéreo no país. Eles devem voltar a se reunir no fim da tarde, em busca de soluções para o setor.
No programa de rádio "Café com o Presidente", Lula classificou como irresponsável a greve dos controladores, que praticamente parou o espaço aéreo brasileiro e lotou aeroportos. Muitos passageiros foram obrigados a dormir nos terminais, e os reflexos da greve foram sentidos durante todo o fim de semana.
"Eu acho muito grave o que aconteceu. Acho grave e acho irresponsabilidade pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas [paralisarem as atividades], porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional", afirmou o presidente.
Greve
A paralisação dos controladores de tráfego aéreo começou no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, e ganhou adesão em outras regiões. A greve chegou ao fim no início da madrugada de sábado --após mais de cinco horas--, quando o governo cedeu às exigências da categoria.
De acordo com a minuta de negociação assinada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir de terça-feira; e a desmilitarização do controle do tráfego.
Lula seguia para os Estados Unidos --onde se encontrou com o presidente George W. Bush-- quando a paralisação ocorreu. O presidente disse que soube do protesto ainda no avião presidencial e que entrou em contato com o comandante da Aeronáutica, com o ministro da Defesa e com o vice-presidente, José Alencar, para barrar o movimento. No sábado (31), nos EUA, Lula falou sobre a nova crise e disse esperar que uma "solução definitiva" saia até a próxima terça.
Com Agência Brasil
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Um balanço divulgado pela Infraero mostra que 6,5% dos vôos programados para todo o país atrasaram mais de uma hora, entre a 0h e as 12h desta segunda-feira. Os atrasos atingiram 53 dos 820 pousos e decolagens previstos. Outros nove vôos foram cancelados --o que equivale a pouco mais de 1% do número total.
Toda a malha aérea nacional apresenta atrasos desde a noite de sexta-feira (30), quando os controladores de tráfego aéreo pararam por aproximadamente cinco horas. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o protesto prejudicou mais de 18 mil pessoas.
Na manhã desta segunda, antes da primeira reunião do segundo mandato já com o novo ministério, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, e com o ministro da Defesa, Waldir Pires, para obter um relato da situação do controle do tráfego aéreo no país. Eles devem voltar a se reunir no fim da tarde, em busca de soluções para o setor.
No programa de rádio "Café com o Presidente", Lula classificou como irresponsável a greve dos controladores, que praticamente parou o espaço aéreo brasileiro e lotou aeroportos. Muitos passageiros foram obrigados a dormir nos terminais, e os reflexos da greve foram sentidos durante todo o fim de semana.
"Eu acho muito grave o que aconteceu. Acho grave e acho irresponsabilidade pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas [paralisarem as atividades], porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional", afirmou o presidente.
Greve
A paralisação dos controladores de tráfego aéreo começou no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, e ganhou adesão em outras regiões. A greve chegou ao fim no início da madrugada de sábado --após mais de cinco horas--, quando o governo cedeu às exigências da categoria.
De acordo com a minuta de negociação assinada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir de terça-feira; e a desmilitarização do controle do tráfego.
Lula seguia para os Estados Unidos --onde se encontrou com o presidente George W. Bush-- quando a paralisação ocorreu. O presidente disse que soube do protesto ainda no avião presidencial e que entrou em contato com o comandante da Aeronáutica, com o ministro da Defesa e com o vice-presidente, José Alencar, para barrar o movimento. No sábado (31), nos EUA, Lula falou sobre a nova crise e disse esperar que uma "solução definitiva" saia até a próxima terça.
Com Agência Brasil
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