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03/04/2007
-
14h42
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Representantes dos controladores de tráfego aéreo estiveram reunidos nesta terça-feira com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e, apesar de categoria ter saído insatisfeita da reunião, descartou promover nova paralisação durante o feriado prolongado de Páscoa, segundo apurou a reportagem. Os controladores consideram que a reunião foi frustrada e esperam conversar novamente com o ministro.
"A reunião não terminou. Não teve negociação. Vamos esperar o ministro ligar para conversar conosco novamente", disse Ulisses Fontenele, representante da associação de controladores da área militar. O Ministério do Planejamento afirma que não há nova reunião prevista.
Após o encontro, Bernardo afirmou que o governo não negociaria com a "faca no pescoço" e negou ainda que tenha feito um acordo com o movimento para a não-punição dos envolvidos no motim --que suspendeu decolagens e praticamente paralisou todo o espaço aéreo brasileiro por aproximadamente cinco horas na sexta-feira.
De acordo com Fontenele, o ministro iniciou a reunião com reclamações sobre o clima de ameaça dos controladores. As ameaças seriam referência ao fato de os controladores civis terem decretado estado de greve na noite de segunda-feira (2) e o advogado da associação que representa os militares ter indicado que a categoria poderia parar novamente, caso o governo não cumpra a parte no acordo.
"Isso foi desmentido. O advogado da associação [Normando Cavalcanti] falou em caráter pessoal", afirmou Fontenele --ele não participou do encontro, mas conversou com os controladores que estiveram no local. Na segunda (2), em nota publicada em sua página na internet, a ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo) afirma que a declaração do advogado foi dada em um "momento de nervosismo" e que "não há intenções de paralisações para a Semana Santa".
A Folha Online apurou que o início da reunião foi tenso, mas que, ao final, os controladores se comprometeram a não promover novo motim no feriado. O encontro com os controladores durou pouco mais de uma hora e foi suspenso porque o ministro foi chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Acordo
O acordo que pôs fim à greve dos controladores foi anunciado no início da madrugada de sábado e envolvia revisão de atos disciplinares; abertura de um canal permanente de negociações para discutir a gradual desmilitarização; e a discussão de uma gratificação aos controladores.
Hoje, no entanto, Bernardo afirmou que a anistia aos controladores militares nunca fez parte do acordo. "Então ele não sabe ler o que escreveu", afirmou Fontenele.
O teor do acordo, distribuído à imprensa pelo Palácio do Planalto, diz o seguinte sobre a não-punição aos controladores envolvidos na paralisação: "O governo federal vai fazer revisão dos atos disciplinares militares, tais como transferências, afastamentos e outros, envolvendo representantes de associações de controladores de tráfego aéreo ocorridos nos últimos seis meses, assim como assegura que não serão praticadas punições em decorrência da manifestação ocorrida no dia de hoje (30)."
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da Folha Online, em Brasília
Representantes dos controladores de tráfego aéreo estiveram reunidos nesta terça-feira com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e, apesar de categoria ter saído insatisfeita da reunião, descartou promover nova paralisação durante o feriado prolongado de Páscoa, segundo apurou a reportagem. Os controladores consideram que a reunião foi frustrada e esperam conversar novamente com o ministro.
"A reunião não terminou. Não teve negociação. Vamos esperar o ministro ligar para conversar conosco novamente", disse Ulisses Fontenele, representante da associação de controladores da área militar. O Ministério do Planejamento afirma que não há nova reunião prevista.
Após o encontro, Bernardo afirmou que o governo não negociaria com a "faca no pescoço" e negou ainda que tenha feito um acordo com o movimento para a não-punição dos envolvidos no motim --que suspendeu decolagens e praticamente paralisou todo o espaço aéreo brasileiro por aproximadamente cinco horas na sexta-feira.
De acordo com Fontenele, o ministro iniciou a reunião com reclamações sobre o clima de ameaça dos controladores. As ameaças seriam referência ao fato de os controladores civis terem decretado estado de greve na noite de segunda-feira (2) e o advogado da associação que representa os militares ter indicado que a categoria poderia parar novamente, caso o governo não cumpra a parte no acordo.
"Isso foi desmentido. O advogado da associação [Normando Cavalcanti] falou em caráter pessoal", afirmou Fontenele --ele não participou do encontro, mas conversou com os controladores que estiveram no local. Na segunda (2), em nota publicada em sua página na internet, a ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo) afirma que a declaração do advogado foi dada em um "momento de nervosismo" e que "não há intenções de paralisações para a Semana Santa".
A Folha Online apurou que o início da reunião foi tenso, mas que, ao final, os controladores se comprometeram a não promover novo motim no feriado. O encontro com os controladores durou pouco mais de uma hora e foi suspenso porque o ministro foi chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Acordo
O acordo que pôs fim à greve dos controladores foi anunciado no início da madrugada de sábado e envolvia revisão de atos disciplinares; abertura de um canal permanente de negociações para discutir a gradual desmilitarização; e a discussão de uma gratificação aos controladores.
Hoje, no entanto, Bernardo afirmou que a anistia aos controladores militares nunca fez parte do acordo. "Então ele não sabe ler o que escreveu", afirmou Fontenele.
O teor do acordo, distribuído à imprensa pelo Palácio do Planalto, diz o seguinte sobre a não-punição aos controladores envolvidos na paralisação: "O governo federal vai fazer revisão dos atos disciplinares militares, tais como transferências, afastamentos e outros, envolvendo representantes de associações de controladores de tráfego aéreo ocorridos nos últimos seis meses, assim como assegura que não serão praticadas punições em decorrência da manifestação ocorrida no dia de hoje (30)."
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