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05/04/2007
-
13h57
da Folha Online
A ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo), entidade que representa os controladores de vôo militares, recuou no desafio à cúpula da Aeronáutica e pediu "perdão à sociedade brasileira" pelo motim realizado do último dia 30, que provocou a paralisação do tráfego aéreo em todo o país.
"Que o dia 30 de março seja lembrado como 'um grito de socorro dos Controladores de Tráfego Aéreo' e não como uma simples rebelião de militares. Pedimos perdão à sociedade brasileira e paz para voltarmos a executar com maestria nosso trabalho", afirma a ABCTA, em nota divulgada no site da entidade nesta quinta-feira.
O recuo dos controladores militares ocorre um dia após o presidente Lula anunciar o fim da crise aérea, dizendo que "os aeroportos brasileiros vão encontrar paz e normalidade, não apenas na Semana Santa, mas daqui para a frente". Lula também disse ontem que "as pessoas precisam aprender que, no regime democrático, o respeito às instituições e à hierarquia é fundamental".
Fazendo eco às palavras do presidente, os controladores reafirmam na nota de hoje o respeito às "bases do militarismo: hierarquia e disciplina". Os controladores amotinados agora enfrentam inquéritos policiais militares por insubordinação.
A nota, assinada pelo presidente da ABCTA, Wellington Rodrigues, encerra com os desejos de "Paz nos Céus!"e "Feliz Páscoa!".
Motim
Na sexta-feira, o motim começou com a paralisação de 200 controladores de vôo no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e ganhou a adesão de controladores de outros Estados. As decolagens acabaram paralisadas em todo o país.
A cúpula da Aeronáutica resolveu prender os militares insubordinados, mas foi desautorizada pelo presidente Lula, que resolveu negociar com os amotinados.
Por meio do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo comprometeu-se a aceitar as exigências dos amotinados: iniciar a desmilitarização do controle aéreo e evitar punições contra os grevistas.
Na segunda-feira, Lula voltou atrás nos seus compromissos assumidos com a categoria e entregou o caso à cúpula da Aeronáutica. Ao mesmo tempo, a Justiça Militar abriu inquérito policial militar para investigar os controladores.
Leia a íntegra da nota divulgada pela ABCTA:
"Brasília, 05 de abril de 2007.
Nota à sociedade
Passado o grande trauma da paralisação do dia 30 de março, os Controladores de Tráfego Aéreo Militares buscam força para recuperar, junto a sociedade brasileira, sua confiança, prestígio e respeito.
Reafirmamos nossa confiança e respeito ao Governo Federal, ao Comando da Aeronáutica e principalmente nas bases do militarismo: hierarquia e disciplina.
Que o dia 30 de março seja lembrado como 'um grito de socorro dos Controladores de Tráfego Aéreo' e não como uma simples rebelião de militares.
Pedimos perdão à sociedade brasileira e paz para voltarmos a executar com maestria nosso trabalho.
A Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo não medirá esforços para reconstruir a imagem de seus representados assim como lutar por sua dignidade.
Paz nos Céus!
Feliz Páscoa!
Sinceramente,
Wellington Rodrigues
Presidente da ABCTA"
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A ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo), entidade que representa os controladores de vôo militares, recuou no desafio à cúpula da Aeronáutica e pediu "perdão à sociedade brasileira" pelo motim realizado do último dia 30, que provocou a paralisação do tráfego aéreo em todo o país.
"Que o dia 30 de março seja lembrado como 'um grito de socorro dos Controladores de Tráfego Aéreo' e não como uma simples rebelião de militares. Pedimos perdão à sociedade brasileira e paz para voltarmos a executar com maestria nosso trabalho", afirma a ABCTA, em nota divulgada no site da entidade nesta quinta-feira.
O recuo dos controladores militares ocorre um dia após o presidente Lula anunciar o fim da crise aérea, dizendo que "os aeroportos brasileiros vão encontrar paz e normalidade, não apenas na Semana Santa, mas daqui para a frente". Lula também disse ontem que "as pessoas precisam aprender que, no regime democrático, o respeito às instituições e à hierarquia é fundamental".
Fazendo eco às palavras do presidente, os controladores reafirmam na nota de hoje o respeito às "bases do militarismo: hierarquia e disciplina". Os controladores amotinados agora enfrentam inquéritos policiais militares por insubordinação.
A nota, assinada pelo presidente da ABCTA, Wellington Rodrigues, encerra com os desejos de "Paz nos Céus!"e "Feliz Páscoa!".
Motim
Na sexta-feira, o motim começou com a paralisação de 200 controladores de vôo no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e ganhou a adesão de controladores de outros Estados. As decolagens acabaram paralisadas em todo o país.
A cúpula da Aeronáutica resolveu prender os militares insubordinados, mas foi desautorizada pelo presidente Lula, que resolveu negociar com os amotinados.
Por meio do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo comprometeu-se a aceitar as exigências dos amotinados: iniciar a desmilitarização do controle aéreo e evitar punições contra os grevistas.
Na segunda-feira, Lula voltou atrás nos seus compromissos assumidos com a categoria e entregou o caso à cúpula da Aeronáutica. Ao mesmo tempo, a Justiça Militar abriu inquérito policial militar para investigar os controladores.
Leia a íntegra da nota divulgada pela ABCTA:
"Brasília, 05 de abril de 2007.
Nota à sociedade
Passado o grande trauma da paralisação do dia 30 de março, os Controladores de Tráfego Aéreo Militares buscam força para recuperar, junto a sociedade brasileira, sua confiança, prestígio e respeito.
Reafirmamos nossa confiança e respeito ao Governo Federal, ao Comando da Aeronáutica e principalmente nas bases do militarismo: hierarquia e disciplina.
Que o dia 30 de março seja lembrado como 'um grito de socorro dos Controladores de Tráfego Aéreo' e não como uma simples rebelião de militares.
Pedimos perdão à sociedade brasileira e paz para voltarmos a executar com maestria nosso trabalho.
A Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo não medirá esforços para reconstruir a imagem de seus representados assim como lutar por sua dignidade.
Paz nos Céus!
Feliz Páscoa!
Sinceramente,
Wellington Rodrigues
Presidente da ABCTA"
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