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06/04/2007 - 08h59

Feirante de São Paulo não pode mais gritar a partir desta sexta

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FABIANO NUNES
do Agora

Entra em vigor nesta sexta-feira o decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) que proíbe os feirantes de divulgarem a sua mercadoria no grito ou com aparelhos de som. As mudanças também incluem novos horários, padronização de barracas e uniformes dos feirantes, além de medidas de higiene como o uso de luvas descartáveis e reservatório de água para higienização dos produtos.

A lei também estabelece que as feiras sejam realizadas em locais com acesso para banheiros públicos e estacionamento para clientes e feirantes. "O banheiro químico seria uma boa alternativa, mas o custo é muito alto", afirma o presidente da Associação dos Feirantes de São Paulo, Mitsul Kotsubo. Para ele, os feirantes ainda continuarão a usar os banheiros dos comércios.

Segundo o secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, as novas regras servem para modernizar o serviço dos feirantes. "O maior incômodo era em relação ao barulho. A lei vai atenuar esse problema", afirma o secretário. Segundo a prefeitura, são 889 feiras por semana na cidade.

Novos horários também foram estipulados. O descarregamento de equipamentos e mercadorias deverá ocorrer entre 6h e 7h30. A feira deverá funcionar entre 7h30 e 13h30. "A feira tem que começar no horário e terminar no horário para não causar transtornos", diz Matarazzo.

Negociação

O presidente da associação dos feirantes disse que o novo horário é uma negociação antiga entre prefeitura e feirantes. "Tem a outra parte que é a dos moradores, que também não pode ser prejudicada. O feirante terá de se adaptar." Para Kotsubo, cada feira é uma história, e a fiscalização precisará ser maleável. Kotsubo complementa que a lei do silêncio serve para acabar com a bagunça durante a feira, mas não acabará com o marketing dos feirantes. "O feirante pode anunciar sua mercadoria, não precisa ficar calado, apenas ter mais controle para não incomodar a vizinhança."

O feirante Carlos de Araújo, 36 anos, costuma chegar às 3h e acredita que o novo horário dificultará o trabalho. "Para sairmos às 15h precisaremos começar a desmontar ao meio-dia, que é o horário de maior movimento. Vai ficar difícil", acredita.

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