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06/04/2007 - 22h15

Presídios no oeste de São Paulo serão alvos principais de protesto de agentes

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CRISTIANO MACHADO
da Agência Folha

Presídios da região oeste de São Paulo que abrigam líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) serão os alvos preferenciais de protestos dos agentes penitenciários que prometem impedir a visita de parentes a detentos neste final de semana de Páscoa.

O Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários de São Paulo), responsável pela manifestação, anunciou que a meta é contar com a adesão da maioria dos 4.000 trabalhadores sindicalizados (de um total de 21 mil em todo o Estado).

Nesta sexta-feira, líderes do movimento passaram o dia comunicando e pedindo aos funcionários que participem do ato, em protesto pela falta de segurança nas penitenciárias.

A maioria das ligações tinha como objetivo convencer trabalhadores das penitenciárias 1 e 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de SP), da P1 de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP) e até do CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) da cidade, onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), com regras mais rígidas aos detentos.

Na P2 de Presidente Venceslau e no CRP estão a cúpula do PCC, como por exemplo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o chefe do grupo, internado no RDD.

Além de suspender as visitas de parentes, os agentes ameaçam proibir que os familiares entreguem aos detentos alimentos e roupas, o chamado "jumbo".

A manifestação estava prevista para ter início à 0h deste sábado e se estenderia até o final da tarde de domingo. O protesto, aprovado em assembléia na noite de quinta-feira (5), tem dois objetivos: alertar a sociedade pela falta de segurança dos funcionários do sistema prisional e cobrar do governo do Estado melhorias nas condições de trabalho.

Conforme o diretor do Sindasp, Rosalvo José da Silva, a orientação para a categoria durante o manifesto é que mantenha apenas os serviços essenciais dentro dos presídios.

As ações dos agentes penitenciários não ficarão restritas ao final de semana. Na segunda-feira (9) está prevista uma espécie de "operação-padrão" da categoria. Na terça-feira (10), a categoria promete dar início ao "estado de greve" por 30 dias.

Os agentes querem a contratação de 10 mil funcionários, compra de equipamentos de segurança, incorporação das gratificações ao salário e melhoria no plano de saúde do servidor público.

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