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10/04/2007
-
23h11
FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos
O sistema de controle do espaço aéreo no Brasil é de "primeiro mundo", serve de "exemplo" para outras nações e, por isso, os brasileiros deveriam ter "orgulho" dele. É o que afirma o diretor do Icea (Instituto de Controle do Espaço Aéreo), o coronel Paulo Roberto Sigaud Ferraz.
Localizado em São José dos Campos (91 km de São Paulo), o Icea é uma das duas instituições ligadas à Aeronáutica responsáveis por formar os profissionais que atuam no controle do espaço aéreo --a outra é a Escola de Especialistas da Aeronáutica, que fica em Guaratinguetá e só treina militares.
Entre os cursos realizados no Icea está o de formação de controladores de tráfego aéreo. No mês passado, um grupo desses controladores realizou um motim que acabou por levar os aeroportos do país a uma situação de caos. O episódio ainda provocou uma crise entre a Aeronáutica e o governo federal, que decidiu negociar diretamente com os amotinados.
"O comando da Aeronáutica investe em educação e tem resultados com isso. O brasileiro tem que ter o maior orgulho de ver a excelência e o reconhecimento internacional da nossa capacidade de controle do espaço aéreo", afirmou Ferraz, durante visita de jornalistas ao Icea.
O coronel disse que as críticas ao sistema, feitas até por organismos internacionais como a Ifatca (Federação Internacional das Associações dos Controladores de Tráfego Aéreo) que apontam a falta de preparo dos controladores e equipamentos obsoletos, decorrem de um "desconhecimento do que o Brasil faz".
Segundo Ferraz, o sistema de controle do espaço aéreo é complexo, já que há centenas de equipamentos auxiliares que estão espalhados pelo país. Por isso, para ele, é normal que ocorram falhas.
"Os equipamentos são mantidos preventivamente como qualquer coisa. Na sua casa, se queima uma lâmpada, você vai substituí-la. Então, um sistema complexo como esse também tem algumas falhas, que são corrigidas já dentro de um planejamento previsto."
Ferraz não quis falar sobre a proposta de desmilitarização do controle do tráfego aéreo civil e disse que a falta de fluência em inglês, uma das deficiências dos controladores brasileiros, é um problema enfrentado em todo o mundo.
Criado em 1978, o Icea já formou cerca de 24 mil alunos, sendo 1.200 estrangeiros. Neste ano, serão treinadas 1.600 pessoas --ao menos 104 serão controladores.
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da Agência Folha, em São José dos Campos
O sistema de controle do espaço aéreo no Brasil é de "primeiro mundo", serve de "exemplo" para outras nações e, por isso, os brasileiros deveriam ter "orgulho" dele. É o que afirma o diretor do Icea (Instituto de Controle do Espaço Aéreo), o coronel Paulo Roberto Sigaud Ferraz.
Localizado em São José dos Campos (91 km de São Paulo), o Icea é uma das duas instituições ligadas à Aeronáutica responsáveis por formar os profissionais que atuam no controle do espaço aéreo --a outra é a Escola de Especialistas da Aeronáutica, que fica em Guaratinguetá e só treina militares.
Entre os cursos realizados no Icea está o de formação de controladores de tráfego aéreo. No mês passado, um grupo desses controladores realizou um motim que acabou por levar os aeroportos do país a uma situação de caos. O episódio ainda provocou uma crise entre a Aeronáutica e o governo federal, que decidiu negociar diretamente com os amotinados.
"O comando da Aeronáutica investe em educação e tem resultados com isso. O brasileiro tem que ter o maior orgulho de ver a excelência e o reconhecimento internacional da nossa capacidade de controle do espaço aéreo", afirmou Ferraz, durante visita de jornalistas ao Icea.
O coronel disse que as críticas ao sistema, feitas até por organismos internacionais como a Ifatca (Federação Internacional das Associações dos Controladores de Tráfego Aéreo) que apontam a falta de preparo dos controladores e equipamentos obsoletos, decorrem de um "desconhecimento do que o Brasil faz".
Segundo Ferraz, o sistema de controle do espaço aéreo é complexo, já que há centenas de equipamentos auxiliares que estão espalhados pelo país. Por isso, para ele, é normal que ocorram falhas.
"Os equipamentos são mantidos preventivamente como qualquer coisa. Na sua casa, se queima uma lâmpada, você vai substituí-la. Então, um sistema complexo como esse também tem algumas falhas, que são corrigidas já dentro de um planejamento previsto."
Ferraz não quis falar sobre a proposta de desmilitarização do controle do tráfego aéreo civil e disse que a falta de fluência em inglês, uma das deficiências dos controladores brasileiros, é um problema enfrentado em todo o mundo.
Criado em 1978, o Icea já formou cerca de 24 mil alunos, sendo 1.200 estrangeiros. Neste ano, serão treinadas 1.600 pessoas --ao menos 104 serão controladores.
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