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11/04/2007 - 12h12

Apesar de transtornos, presidente da Anac nega crise aérea no Brasil

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Apesar da crise nos aeroportos, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, afirmou nesta quarta-feira que não há crise no setor aéreo brasileiro. Ele participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o caos aéreo. "A crise no transporte aéreo está longe de ser uma crise. Nós a superamos a partir de 2004", disse.

Zuanazzi afirmou que o setor aéreo vive a maior oferta de assentos na aviação civil já registrada na história do país. Ele usou o argumento para justificar sua visão de que não há crise no setor. Segundo ele, o crescimento da oferta de vôos subiu de 12% em 2004 para 17% este ano.

"Essa oferta de demanda, de pessoas voando, é maior que o crescimento da China. As empresas não sentem a crise, pelo contrário, estão em franco investimento", minimizou.

O pior episódio da crise ocorreu no dia 30 de março, quando controladores de tráfego aéreo paralisaram as atividades por cerca de cinco horas. O movimento começou no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e se espalhou para outras regiões do país. No entanto, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos desde o final do ano passado.

Infraero

Ao contrário de Zuanazzi, o presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos), brigadeiro José Carlos Pereira, reconheceu que a crise trouxe transtornos para a população. Ele saiu em defesa da atuação da Infraero durante a paralisação dos transportes aéreos, há duas semanas.

No caso específico de Congonhas (zona sul de São Paulo), Pereira disse que as conseqüências teriam sido piores se o governo não tivesse ampliado a capacidade do terminal de passageiros. "Se Congonhas não tivesse sofrido obras de ampliação, teríamos uma crise ainda maior com passageiros nas ruas e sem espaço para serem abrigados."

Desde março, o aeroporto, um dos maiores do país, tem as operações suspensas sempre que chove forte, pois a pista auxiliar está fechada para reformas e a principal tem graves problemas de escoamento.

Aeronáutica

Também durante a audiência, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, apresentou aos deputados um modelo do sistema de defesa aérea do país. Saito minimizou também as reclamações dos controladores de tráfego aéreo, que alegam precariedade nas condições de trabalho.

Munido de fotos de equipamentos e de salas de controle de vôo, Saito disse que maior preocupação da Aeronáutica é com as condições de trabalho dos controladores.

"Temos preocupação com o homem. Se ele tiver moradia e salário digno, terá condições de dar o máximo de si."

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