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11/04/2007
-
19h27
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou nesta quarta-feira, após quase nove horas de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a crise aérea, que não acredita no pedido de baixa coletiva de controladores de vôo do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília.
"Continuo não acreditando que isso possa vir a acontecer", afirmou. Para o ministro, a democracia brasileira deve ser respeitada pelos controladores de vôo que, na sua visão, não podem prejudicar a população brasileira com novas paralisações ou afastamentos voluntários.
"O Estado democrático não pode ficar refém [dos controladores], mas tem de ter diálogo. Temos de ter uma capacidade de discutir as coisas, avançar e melhorar as condições de vida do nosso país. Essa é a batalha", afirmou.
Anteriormente, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, também duvidou da possibilidade de baixa coletiva dos controladores para forçar o governo a desmilitarizar o setor, mas revelou que já tem um "plano B", caso a decisão seja tomada.
Para o brigadeiro, os controladores "têm juízo" e estariam dando um "tiro no pé" caso efetivem o pedido de baixa. A informação de que os controladores estudam pedir baixa surgiu na terça-feira (10) após eles se reunirem com a direção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A medida seria tomada por cerca de 123 controladores do Cindacta I, dos 260 em atividade hoje caso o governo desista de desmilitarizar o setor.
Plano
Pires disse que o governo vai apresentar um plano com soluções para a crise do setor aéreo --o que inclui a discussão sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo do país.
"Temos que vencer dificuldades imediatas. Você não improvisa controlador. Tem que formá-lo. Não falei em dia de plano. Falo na decisão política de um governo democrático de construir isso. Claro que o governo apresentará o plano. Mas tem que discutir. [A velocidade do plano] depende das circunstâncias", afirmou.
Em quase nove horas de audiência pública, o ministro atribuiu a responsabilidade pela recente crise aérea a problemas nos equipamentos de controle de vôo e aos "recursos humanos" --numa referência indireta aos controladores.
Além de Pires, os deputados ouviram explicações sobre a crise do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, do presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, e do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira.
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da Folha Online, em Brasília
O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou nesta quarta-feira, após quase nove horas de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir a crise aérea, que não acredita no pedido de baixa coletiva de controladores de vôo do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília.
"Continuo não acreditando que isso possa vir a acontecer", afirmou. Para o ministro, a democracia brasileira deve ser respeitada pelos controladores de vôo que, na sua visão, não podem prejudicar a população brasileira com novas paralisações ou afastamentos voluntários.
"O Estado democrático não pode ficar refém [dos controladores], mas tem de ter diálogo. Temos de ter uma capacidade de discutir as coisas, avançar e melhorar as condições de vida do nosso país. Essa é a batalha", afirmou.
Anteriormente, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, também duvidou da possibilidade de baixa coletiva dos controladores para forçar o governo a desmilitarizar o setor, mas revelou que já tem um "plano B", caso a decisão seja tomada.
Para o brigadeiro, os controladores "têm juízo" e estariam dando um "tiro no pé" caso efetivem o pedido de baixa. A informação de que os controladores estudam pedir baixa surgiu na terça-feira (10) após eles se reunirem com a direção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A medida seria tomada por cerca de 123 controladores do Cindacta I, dos 260 em atividade hoje caso o governo desista de desmilitarizar o setor.
Plano
Pires disse que o governo vai apresentar um plano com soluções para a crise do setor aéreo --o que inclui a discussão sobre a desmilitarização do controle de tráfego aéreo do país.
"Temos que vencer dificuldades imediatas. Você não improvisa controlador. Tem que formá-lo. Não falei em dia de plano. Falo na decisão política de um governo democrático de construir isso. Claro que o governo apresentará o plano. Mas tem que discutir. [A velocidade do plano] depende das circunstâncias", afirmou.
Em quase nove horas de audiência pública, o ministro atribuiu a responsabilidade pela recente crise aérea a problemas nos equipamentos de controle de vôo e aos "recursos humanos" --numa referência indireta aos controladores.
Além de Pires, os deputados ouviram explicações sobre a crise do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, do presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, e do presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira.
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