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02/05/2007
-
20h34
da Folha Online
O jovem que participou do assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé fugiu na noite desta quarta-feira de uma unidade do complexo Vila Maria (zona norte de São Paulo) da fundação Casa (ex-Febem).
Liana, então com 16 anos, foi estuprada e morta a facadas pelo adolescente em Embu-Guaçu (Grande São Paulo), em 2003. Felipe, que tinha 19, foi morto a tiros por Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, comparsa do adolescente. Pernambuco já foi julgado, mas recorreu da sentença.
A fuga aconteceu por volta das 18h. Ao menos dois internos teriam deixado a unidade pulando um muro.
Apesar de o tempo máximo de permanência do adolescente na fundação (três anos) já ter expirado, ele havia permanecido internado porque a Justiça o havia considerado incapaz de cuidar de si mesmo depois de atingir a maioridade civil.
Com a sentença, o jovem deveria ter ido para um hospital psiquiátrico em novembro do ano passado.
A Secretaria de Estado da Saúde, incumbida de indicar um estabelecimento para onde ele iria, sugeriu dois locais --as casas de custódia de Taubaté e de Franco da Rocha-- que acabaram rejeitados pela Justiça por serem destinados a adultos.
Sem dispor de uma instituição de saúde própria para adolescentes, a secretaria sugeriu, então, que ele fosse mantido na própria Febem, onde receberia tratamento de profissionais da saúde. O jovem deveria permanecer na Febem até a decisão final da Justiça.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) impede a divulgação do nome de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.
Julgamentos
Os três primeiros réus do caso foram condenados pelo crime no dia 20 de julho. Um quarto acusado --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco-- recorreu da sentença de pronúncia e ainda não tem data para ser julgado.
No júri, Agnaldo Pires foi condenado a 47 anos e três meses de prisão por estupro; Antônio Matias de Barros foi condenado a seis anos de reclusão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por seqüestro, porte de arma e favorecimento pessoal; e Antônio Caetano da Silva pegou 124 anos por ter auxiliado no seqüestro e estuprado Liana.
Crime
O casal mentiu sobre a viagem para Embu-Guaçu aos pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar na cidade, mas acreditava que ele estaria com amigos.
Os namorados teriam passado a madrugada do dia 1º de novembro de 2003 sob o vão livre do Masp, na avenida Paulista (centro de São Paulo). Teriam ficado no local até as 5h, quando foram para o terminal rodoviário do Tietê (zona norte de São Paulo).
Liana e Felipe desembarcaram em Embu-Guaçu por volta das 9h. Na cidade, compraram macarrão instantâneo, água, biscoitos e leite em pó. De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado onde foram capturados. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.
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O jovem que participou do assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé fugiu na noite desta quarta-feira de uma unidade do complexo Vila Maria (zona norte de São Paulo) da fundação Casa (ex-Febem).
Liana, então com 16 anos, foi estuprada e morta a facadas pelo adolescente em Embu-Guaçu (Grande São Paulo), em 2003. Felipe, que tinha 19, foi morto a tiros por Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, comparsa do adolescente. Pernambuco já foi julgado, mas recorreu da sentença.
A fuga aconteceu por volta das 18h. Ao menos dois internos teriam deixado a unidade pulando um muro.
Apesar de o tempo máximo de permanência do adolescente na fundação (três anos) já ter expirado, ele havia permanecido internado porque a Justiça o havia considerado incapaz de cuidar de si mesmo depois de atingir a maioridade civil.
Com a sentença, o jovem deveria ter ido para um hospital psiquiátrico em novembro do ano passado.
A Secretaria de Estado da Saúde, incumbida de indicar um estabelecimento para onde ele iria, sugeriu dois locais --as casas de custódia de Taubaté e de Franco da Rocha-- que acabaram rejeitados pela Justiça por serem destinados a adultos.
Sem dispor de uma instituição de saúde própria para adolescentes, a secretaria sugeriu, então, que ele fosse mantido na própria Febem, onde receberia tratamento de profissionais da saúde. O jovem deveria permanecer na Febem até a decisão final da Justiça.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) impede a divulgação do nome de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.
Julgamentos
Os três primeiros réus do caso foram condenados pelo crime no dia 20 de julho. Um quarto acusado --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco-- recorreu da sentença de pronúncia e ainda não tem data para ser julgado.
No júri, Agnaldo Pires foi condenado a 47 anos e três meses de prisão por estupro; Antônio Matias de Barros foi condenado a seis anos de reclusão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por seqüestro, porte de arma e favorecimento pessoal; e Antônio Caetano da Silva pegou 124 anos por ter auxiliado no seqüestro e estuprado Liana.
Crime
O casal mentiu sobre a viagem para Embu-Guaçu aos pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar na cidade, mas acreditava que ele estaria com amigos.
Os namorados teriam passado a madrugada do dia 1º de novembro de 2003 sob o vão livre do Masp, na avenida Paulista (centro de São Paulo). Teriam ficado no local até as 5h, quando foram para o terminal rodoviário do Tietê (zona norte de São Paulo).
Liana e Felipe desembarcaram em Embu-Guaçu por volta das 9h. Na cidade, compraram macarrão instantâneo, água, biscoitos e leite em pó. De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado onde foram capturados. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.
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