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02/05/2007 - 22h18

Para pai de Liana, funcionários da Fundação Casa deveriam ser presos

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da Folha Online

"Espero que a Febem [Fundação Casa] não abra mais sindicâncias, pois não se chega a nada. Eles [funcionários da instituição] devem ser punidos como criminosos", disse o advogado Ari Friedenbach, pai da adolescente Liana Friedenbach, morta pelo jovem que fugiu nesta quarta-feira da unidade Tietê do complexo Vila Maria (zona norte de São Paulo).

Para o advogado, as circunstâncias em que o rapaz fugiu indicam a possibilidade de conivência dos funcionários da Fundação Casa. A Secretaria da Justiça anunciou o afastamento do diretor da unidade Tietê do complexo Vila Maria e 20 funcionários da segurança.

O jovem estava no chamado "seguro", onde ficam os internos que têm rixas com os outros adolescentes ou que são jurados de morte. A área fica no setor administrativo da unidade.

Por volta das 18h, o rapaz apoiou uma escada no muro da unidade --que dá acesso à marginal Tietê-- e fugiu, de acordo com a secretaria. Os agentes de segurança que deveriam vigiar o local estavam em outra parte do complexo.

"Eu já imaginava que isso aconteceria. Temos fugas diárias na Febem. Me surpreende a falta de capacidade do Estado em manter um "menor' perigoso como ele", afirmou o pai de Liana.

Ari espera que, após a fuga, agora o assassino seja recapturado, preso e assim pague pelo crime como um criminoso adulto. "Acho que isso deve ocorrer com a fuga".

O pai da adolescente morta disse que foi tomado por um sentimento de indignação ao saber da fuga do rapaz que matou sua filha. "O Estado é muito irresponsável em permitir que isso ocorra. Ao que tudo indica, foi conivência", afirmou Ari.

Membros da corregedoria da fundação estiveram nesta noite na unidade e ouviram funcionários. Uma sindicância vai apurar a partir de amanhã.

Os funcionários serão questionados sobre como o adolescente teve acesso a uma escada e porque não havia ninguém vigiando o local.

Crime

O casal disse aos pais que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar na cidade, mas acreditava que ele estaria com amigos.

Os namorados teriam passado a madrugada do dia 1º de novembro de 2003 sob o vão livre do Masp, na avenida Paulista (centro de São Paulo). Teriam ficado no local até as 5h, quando foram para o terminal rodoviário do Tietê (zona norte de São Paulo).

Liana e Felipe desembarcaram em Embu-Guaçu por volta das 9h. De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado onde foram capturados na tarde do mesmo dia. Felipe foi morto com um tiro no dia 2. Liana foi esfaqueada e morta no dia 5. Os corpos foram encontrados pela polícia no dia 10.

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