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03/05/2007
-
09h16
da Folha Online
A Vara da Infância e da Juventude definirá nesta quinta-feira o destino do jovem que matou a adolescente Liana Friedenbach, em 2003, e que havia fugido por volta das 18h de quarta (2) do complexo da Vila Maria da Fundação Casa (ex-Febem), na zona norte de São Paulo. O rapaz, atualmente com 20 anos, foi recapturado durante a madrugada, em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), e levado para o Centro de Triagem da fundação.
O secretário da Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, defendeu que o jovem seja transferido da fundação para a Casa de Custódia de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo), onde seria submetido a tratamento psiquiátrico --a unidade abriga presos maiores de idade. No entanto, caberá à Justiça decidir.
Apesar de o tempo máximo de permanência do infrator na fundação (três anos) já ter expirado, ele havia permanecido internado porque a Justiça o havia considerado incapaz de cuidar de si mesmo depois de atingir a maioridade civil. Com a sentença, o jovem deveria ter ido para um hospital psiquiátrico em novembro do ano passado.
A Secretaria de Estado da Saúde, incumbida de indicar um estabelecimento para onde ele iria, sugeriu dois locais --as casas de custódia de Taubaté e de Franco da Rocha-- que acabaram rejeitados pela Justiça por serem destinados a adultos. Sem dispor de uma instituição de saúde própria para adolescentes, a secretaria sugeriu, então, que ele fosse mantido na própria fundação, onde receberia tratamento de profissionais da saúde. O jovem deveria permanecer na Fundação Casa até a decisão final da Justiça.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) impede a divulgação do nome de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.
Fuga
O rapaz é apontado como o mentor do seqüestro e assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, ocorrido na cidade de Embu-Guaçu (Grande São Paulo). Ele fugiu da unidade da Fundação Casa pulando um muro --havia uma escada encostada nas proximidades e nenhum vigia no local.
Após a fuga, Marrey afastou o diretor da unidade e cerca de 20 funcionários --entre técnicos e funcionários da segurança. Uma sindicância investigará se houve facilitação de fuga.
O jovem estava no setor administrativo da unidade, local onde ficam os internos ameaçados de morte. Outro interno que estava no mesmo local também escapou.
Liana e Felipe
Os estudantes Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé foram rendidos pelos criminosos enquanto acampavam em um sítio abandonado, em 1º de novembro de 2003.
Um dia após o casal ser abordado pelos criminosos, Felipe foi assassinado com um tiro na nuca. Ele estava em uma área de mata fechada, com um dos acusados presos --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, enquanto Liana estava com o jovem, que na época tinha 16 anos. A menina foi morta a facadas pelo jovem, no dia 5 do mesmo mês.
Outras três pessoas foram presas sob acusação de envolvimento no crime: Antonio Matias de Barros, Antônio Silva e Aguinaldo Pires.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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A Vara da Infância e da Juventude definirá nesta quinta-feira o destino do jovem que matou a adolescente Liana Friedenbach, em 2003, e que havia fugido por volta das 18h de quarta (2) do complexo da Vila Maria da Fundação Casa (ex-Febem), na zona norte de São Paulo. O rapaz, atualmente com 20 anos, foi recapturado durante a madrugada, em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), e levado para o Centro de Triagem da fundação.
O secretário da Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, defendeu que o jovem seja transferido da fundação para a Casa de Custódia de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo), onde seria submetido a tratamento psiquiátrico --a unidade abriga presos maiores de idade. No entanto, caberá à Justiça decidir.
Apesar de o tempo máximo de permanência do infrator na fundação (três anos) já ter expirado, ele havia permanecido internado porque a Justiça o havia considerado incapaz de cuidar de si mesmo depois de atingir a maioridade civil. Com a sentença, o jovem deveria ter ido para um hospital psiquiátrico em novembro do ano passado.
Reprodução |
O casal Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, morto na Grande SP em novembro de 2003 |
A Secretaria de Estado da Saúde, incumbida de indicar um estabelecimento para onde ele iria, sugeriu dois locais --as casas de custódia de Taubaté e de Franco da Rocha-- que acabaram rejeitados pela Justiça por serem destinados a adultos. Sem dispor de uma instituição de saúde própria para adolescentes, a secretaria sugeriu, então, que ele fosse mantido na própria fundação, onde receberia tratamento de profissionais da saúde. O jovem deveria permanecer na Fundação Casa até a decisão final da Justiça.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) impede a divulgação do nome de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.
Fuga
O rapaz é apontado como o mentor do seqüestro e assassinato do casal de namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, ocorrido na cidade de Embu-Guaçu (Grande São Paulo). Ele fugiu da unidade da Fundação Casa pulando um muro --havia uma escada encostada nas proximidades e nenhum vigia no local.
Após a fuga, Marrey afastou o diretor da unidade e cerca de 20 funcionários --entre técnicos e funcionários da segurança. Uma sindicância investigará se houve facilitação de fuga.
O jovem estava no setor administrativo da unidade, local onde ficam os internos ameaçados de morte. Outro interno que estava no mesmo local também escapou.
Liana e Felipe
Os estudantes Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé foram rendidos pelos criminosos enquanto acampavam em um sítio abandonado, em 1º de novembro de 2003.
Um dia após o casal ser abordado pelos criminosos, Felipe foi assassinado com um tiro na nuca. Ele estava em uma área de mata fechada, com um dos acusados presos --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, enquanto Liana estava com o jovem, que na época tinha 16 anos. A menina foi morta a facadas pelo jovem, no dia 5 do mesmo mês.
Outras três pessoas foram presas sob acusação de envolvimento no crime: Antonio Matias de Barros, Antônio Silva e Aguinaldo Pires.
Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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