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07/05/2007
-
16h28
CAROLINA FARIAS
da Folha Online
O prefeito de Porto Ferreira (228 km a norte de São Paulo), Maurício Rasi (PT), enviou à Secretaria da Segurança Pública um pedido de empenho na investigação da morte do jornalista Luiz Carlos Barbon, 37, assassinado no último sábado (5). Rasi atuava como delegado em 2003 e investigou o caso dos vereadores acusados de explorar sexualmente adolescentes -- denunciado primeiramente por Barbon no "Jornal Realidade" na época.
O jornalista foi um dos três finalistas do prêmio Esso de Jornalismo em 2003, categoria Especial Interior, com a reportagem "Corrupção de menores".
"Enviei um pedido de empenho para esclarecer o quanto antes esse caso, para que não fique um mal-estar na cidade", afirmou o prefeito.
Barbon foi assassinado por volta das 21h no Bar das Araras, que fica próximo à rodoviária da cidade. Segundo testemunhas, dois homens vestidos com roupas pretas e encapuzados chegaram ao bar em uma moto.
Para Rasi, o jornalista era um profissional ousado. Na época das denúncias contra os vereadores, o prefeito --então delegado-- recebia diariamente Barbon e outros repórteres na delegacia. Com isso, o prefeito conseguiu observar o perfil dos jornalistas.
"Ele [Barbon] era polêmico, ousado. Chegava até a ser irresponsáveis por algumas vezes. Quando lidávamos como fatos como aqueles [denúncia envolvendo adolescentes], tínhamos de ter ponderação. Mas ele não media as conseqüências", disse Rasi.
Para o prefeito, com a morte de Barbon, Porto Ferreira sofre em dois aspectos: pela perda do profissional e pela repercussão negativa.
"A cidade está novamente nos jornais de todo país com um caso negativo", afirmou o prefeito.
Fama
Rasi ganhou notoriedade nacional por conta das investigações de políticos e empresários de Porto Ferreira, acusados de promoverem festas com meninas pobres, entre 13 e 16 anos, que recebiam de R$ 30 a R$ 50 para participar de jogos sexuais com os denunciados.
No entanto, o atual prefeito não atribui sua vitória nas urnas aos resultados deste caso --todos os acusados foram condenados.
"Nunca quis associar esse fato à minha ação política. Para mim é uma etapa vencida", afirmou Rasi, que fez questão de destacar que ganhou o título de "Prefeito Amigo da Criança", da Fundação Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
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O jornalista foi um dos três finalistas do prêmio Esso de Jornalismo em 2003, categoria Especial Interior, com a reportagem "Corrupção de menores".
"Enviei um pedido de empenho para esclarecer o quanto antes esse caso, para que não fique um mal-estar na cidade", afirmou o prefeito.
Barbon foi assassinado por volta das 21h no Bar das Araras, que fica próximo à rodoviária da cidade. Segundo testemunhas, dois homens vestidos com roupas pretas e encapuzados chegaram ao bar em uma moto.
Para Rasi, o jornalista era um profissional ousado. Na época das denúncias contra os vereadores, o prefeito --então delegado-- recebia diariamente Barbon e outros repórteres na delegacia. Com isso, o prefeito conseguiu observar o perfil dos jornalistas.
"Ele [Barbon] era polêmico, ousado. Chegava até a ser irresponsáveis por algumas vezes. Quando lidávamos como fatos como aqueles [denúncia envolvendo adolescentes], tínhamos de ter ponderação. Mas ele não media as conseqüências", disse Rasi.
Para o prefeito, com a morte de Barbon, Porto Ferreira sofre em dois aspectos: pela perda do profissional e pela repercussão negativa.
"A cidade está novamente nos jornais de todo país com um caso negativo", afirmou o prefeito.
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Rasi ganhou notoriedade nacional por conta das investigações de políticos e empresários de Porto Ferreira, acusados de promoverem festas com meninas pobres, entre 13 e 16 anos, que recebiam de R$ 30 a R$ 50 para participar de jogos sexuais com os denunciados.
No entanto, o atual prefeito não atribui sua vitória nas urnas aos resultados deste caso --todos os acusados foram condenados.
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