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09/05/2007
-
20h54
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A investigação da PF (Polícia Federal) sobre o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy, em 29 de setembro do ano passado, aponta como responsáveis pelo acidente os pilotos do jato. O inquérito foi concluído e entregue na terça-feira (8) à Justiça Federal de Sinop (MT). Em nota divulgada nesta quarta, a PF informa que os pilotos desligaram de forma "involuntária" o transponder, equipamento que evita a colisão de aeronaves.
Os pilotos sustentam que o equipamento não funcionou na hora do acidente, que matou 154 pessoas e é o maior da história do país. Os pilotos norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino devem ser ouvidos pela CPI do Apagão Aéreo da Câmara.
Conforme a PF, o transponder e o rádio foram encaminhados para teste na fábrica nos Estados Unidos e "não apresentaram defeito". "Além disso, após o choque, o equipamento foi ligado sem problemas e o código de emergência acionado".
A PF concluiu ainda que os pilotos do Legacy, em nenhum momento, questionaram o plano de vôo, demonstrando que não havia dúvidas por parte dos dois americanos sobre a rota a seguir. "No caso de dúvida é dever do piloto questionar o controlador acerca da mudança no plano de vôo", diz o relatório da PF.
Após o acidente, os pilotos disseram que o plano de vôo estava confuso. De acordo com os laudos, os controladores passaram uma altitude provisória de 37 mil pés em São José dos Campos que deveria ter sido alterada em Brasília. A responsabilidade sobre a mudança de nível é dos pilotos, diz o relatório da PF.
O relatório também aponta que o Legacy ficou uma hora sem comunicação com a torre e que os pilotos não tomaram providencias para solucionar o problema. Se tivessem anotado a falha, segundo a PF, os pilotos teriam percebido que o equipamento estava desligado.
Sobre os controladores, a PF encontrou indícios de descumprimento de normas aplicáveis ao Controle de Espaço Aéreo e sugeriu no inquérito investigação por parte da Aeronáutica.
O inquérito sobre o acidente possui mais de 3.000 páginas. A PF informou que foram colhidos depoimentos de 22 pessoas entre funcionários da Embraer, pilotos, além de controladores de tráfego aéreo militares de Brasília e Manaus.
Especial
Leia a cobertura completa sobre o vôo 1907
Leia o que já foi publicado sobre acidentes aéreos
PF responsabiliza pilotos do Legacy por colisão com Boeing
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da Folha Online, em Brasília
A investigação da PF (Polícia Federal) sobre o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy, em 29 de setembro do ano passado, aponta como responsáveis pelo acidente os pilotos do jato. O inquérito foi concluído e entregue na terça-feira (8) à Justiça Federal de Sinop (MT). Em nota divulgada nesta quarta, a PF informa que os pilotos desligaram de forma "involuntária" o transponder, equipamento que evita a colisão de aeronaves.
Os pilotos sustentam que o equipamento não funcionou na hora do acidente, que matou 154 pessoas e é o maior da história do país. Os pilotos norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino devem ser ouvidos pela CPI do Apagão Aéreo da Câmara.
Conforme a PF, o transponder e o rádio foram encaminhados para teste na fábrica nos Estados Unidos e "não apresentaram defeito". "Além disso, após o choque, o equipamento foi ligado sem problemas e o código de emergência acionado".
A PF concluiu ainda que os pilotos do Legacy, em nenhum momento, questionaram o plano de vôo, demonstrando que não havia dúvidas por parte dos dois americanos sobre a rota a seguir. "No caso de dúvida é dever do piloto questionar o controlador acerca da mudança no plano de vôo", diz o relatório da PF.
Após o acidente, os pilotos disseram que o plano de vôo estava confuso. De acordo com os laudos, os controladores passaram uma altitude provisória de 37 mil pés em São José dos Campos que deveria ter sido alterada em Brasília. A responsabilidade sobre a mudança de nível é dos pilotos, diz o relatório da PF.
O relatório também aponta que o Legacy ficou uma hora sem comunicação com a torre e que os pilotos não tomaram providencias para solucionar o problema. Se tivessem anotado a falha, segundo a PF, os pilotos teriam percebido que o equipamento estava desligado.
Sobre os controladores, a PF encontrou indícios de descumprimento de normas aplicáveis ao Controle de Espaço Aéreo e sugeriu no inquérito investigação por parte da Aeronáutica.
O inquérito sobre o acidente possui mais de 3.000 páginas. A PF informou que foram colhidos depoimentos de 22 pessoas entre funcionários da Embraer, pilotos, além de controladores de tráfego aéreo militares de Brasília e Manaus.
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