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11/05/2007 - 18h44

Mulher gremista que matou marido colorado tenta liberdade provisória

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da Folha Online

O advogado da dona-de-casa gremista que matou o marido, um pedreiro e torcedor do Internacional, em Imbé (litoral do Rio Grande do Sul), protocolou um pedido de liberdade provisória na Justiça. O resultado da decisão não havia sido divulgado até a noite desta sexta-feira, e Renata Machado da Silva, 20, continuava detida no presídio de Osório, próximo a Imbé. Ela foi presa em flagrante pela Polícia Civil pelo crime de homicídio doloso (com intenção).

Segundo o delegado titular de Tramandaí, Paulo Perez, que responde pela delegacia de Imbé, Renata, torcedora do time do Grêmio, e o homem com quem ela mantinha uma união estável há dois anos, Cristóvão de Jesus Padilha, 44, torcedor do Internacional, se desentenderam após o final da partida do São Paulo contra o Grêmio, válida pela Taça Libertadores da América, na madrugada de quinta-feira (10). Padilha foi até um bar próximo da casa onde moravam torcer para o São Paulo, devido a rivalidade entre colorados e gremistas no Sul. Renata assistiu o jogo em casa. O Grêmio bateu o tricolor paulista por 2 a 0.

Revoltado e bêbado devido ao resultado do jogo, segundo o delegado, o pedreiro voltou para casa, e, com raiva, começou a socar paredes e móveis da casa onde moravam. Logo depois passou a agredir a mulher. Renata foi até a cozinha, pegou uma faca de churrasco e atingiu o marido no peito, afirma a polícia. Padilha morreu na hora.

Segundo o delegado, a dona-de-casa foi agredida em várias regiões do corpo. A confusão teria acontecido na presença de três crianças --um bebê de seis meses, filha do casal, um filho de 14 anos de uma outra união de Padilha, e um garoto de dois anos, filho de Renata com um outro homem. Eles estão com parentes do casal.

"Acho razoável ela [Renata] responder o processo em liberdade pois agiu em legítima defesa", disse Perez. O inquérito policial a respeito do caso só sairá em 30 dias.

A Prefeitura de Imbé confirmou que o advogado entrou com o pedido, mas não informou o nome do profissional nem seu registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Até o início da noite desta sexta-feira, Renata permanecia em uma cela no presídio de Osório. Segundo a Susep (Superintendência dos Serviços Penitenciários do Estado) de Rio Grande do Sul, a cadeia é provisória pois não é específica para abrigar mulheres. A população carcerária do presídio era de 929 homens nesta sexta. Caso não consiga a liberdade provisória, a dona-de-casa deve ser transferida à penitenciária feminina de Madre Pelletier, em Porto Alegre (RS), a partir de segunda-feira (14).

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