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11/05/2007 - 22h39

PF prende 13 por violar contas bancárias pela internet no RS

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SIMONE IGLESIAS
da Agência Folha, em Porto Alegre

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira na região metropolitana de Porto Alegre (RS) 13 pessoas acusadas de praticar crimes por meio da internet. A quadrilha, formada por 15 pessoas de 19 a 30 anos e um menor de 17 anos, enviava e-mails (spams) com programas espiões que, instalados nos computadores das vítimas, possibilitavam a captura de senhas bancárias.

De acordo com a PF, com as informações, os hackers realizavam transferências bancárias para contas de "laranjas" e faziam compras e pagamento de contas pela internet.

O site de relacionamentos Orkut também era utilizado pela quadrilha para troca de informações. "No Orkut, eles demonstravam um pouco da personalidade, aparecendo com armas e se vangloriando das habilidades na informática. Em algumas das páginas, há fotos deles com armas", afirmou o delegado Daniel Madruga.

A operação, batizada de Navegantes, foi feita pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF com o apoio da Unidade de Repressão ao Crime Cibernético. Segundo estimativa da PF, a quadrilha movimentava R$ 100 mil ao mês e depositava o dinheiro em cerca de 200 contas de "laranjas". Os presos são estudantes do 2º grau, de classe média baixa.

Madruga disse que os integrantes da quadrilha não agiam como os de costume, comprando carros e imóveis com os recursos roubados das contas. "Um deles usava um automóvel Audi, mas tudo o que vem fácil, vai fácil. Gastavam bastante", afirmou o delegado, se referindo a gastos com festas, roupas e bebidas.

Saques ilimitados

A quadrilha enviava e-mails para todo o país. Madruga afirmou que correntistas de vários Estados e bancos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, foram atingidos pelo golpe. Não havia, segundo o delegado, uma quantia determinada para desviar das contas. "Os bancos impõem limites de saque, mas eles tiravam o máximo que podiam", afirmou Madruga.

Os rapazes desviavam dinheiro também de aplicações financeiras e da poupança.

A operação teve início em setembro do ano passado em razão de 500 inquéritos abertos pela Caixa de pessoas que tiveram dinheiro sacado de suas contas. Em sete meses, mais de 200 contas foram fraudadas pela quadrilha, segundo a PF.

Os presos serão indiciados por interceptação informática autorizada, furto qualificado e formação de quadrilha. Eles foram presos às 6h30 de ontem e encaminhados depois ao Presídio Central de Porto Alegre. Outras três pessoas são procuradas pela polícia.

Furto em banda larga

O delegado Adalton de Almeida Martins, da Unidade de Repressão ao Crime Cibernético, disse que, nos últimos dois anos, 600 hackers foram presos no Brasil. "A internet potencializou o furto", disse.

Martins sugeriu que as pessoas utilizem o mundo virtual como se fosse o real, mantendo sigilo sobre operações financeiras, não abrindo e-mails com remetente desconhecido e atualizando periodicamente programas antivírus.

A PF disse, na tarde de ontem, que os presos ainda não possuíam advogados.

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