Publicidade
Publicidade
14/05/2007
-
16h23
CAROLINA FARIAS
da Folha Online
"Estamos vivendo em guerra". A afirmação é de Maria Alice Freyre Schuback, diretora médica do Hospital Estadual Getúlio Vargas, que recebe as vítimas atingidas por tiros no confronto entre a Polícia Militar e traficantes da Vila Cruzeiro, no complexo do Alemão (zona norte do Rio de Janeiro). Nesta segunda-feira, o hospital completou 60 atendimentos de vítimas de balas neste mês. No ano passado, durante todo o mês de maio, foram 37 feridos por tiros. Dessas vítimas, três chegaram mortas e três morreram no hospital.
No dia 2 deste mês a PM ocupou a favela após a morte de dois soldados. Nesta segunda, uma reunião foi realizada na SSP (Secretaria de Segurança Pública) com o Comando da PM para definir os rumos da ocupação, que não tem data para terminar. O resultado da reunião não foi divulgado pela SSP.
Todos os feridos por balas são encaminhados ao Getúlio Vargas, afirmou Maria Alice. De acordo com a PM, não há números oficiais de mortos e feridos por balas perdidas no confronto --ao menos 12 pessoas morreram.
"Nós atendemos a todos que chegam, não há como saber se foi no confronto ou se foi bala perdida. Mas o volume de feridos a tiros aumentou muito neste mês", afirmou a médica.
Segundo a diretora, o hospital tem capacidade para atender todos os tipos de ferimentos por armas de fogo.
"Temos uma equipe de emergência para esse tipo de situação, atendemos a todos os casos", disse Maria Alice.
De acordo com a diretora, 11 pessoas permanecem internadas no hospital por conta dos tiroteios entre a PM e os criminosos. No entanto, não há nenhuma vítima em caso grave.
Trégua
Durante o domingo (13), a Polícia Militar deu uma trégua na troca de tiros com os traficantes da Vila Cruzeiro. De acordo com a assessoria da corporação, o motivo foi Dia das Mães.
No sábado (12), dois homens foram baleados durante os confrontos no complexo do Alemão. Marcelo Ferreira Polina, 36 anos, deu entrada no Hospital Salgado Filho baleado no tórax e Maciel Vieira da Silva levou um tiro no braço esquerdo e foi levado ao Hospital Getúlio Vargas. Os dois informaram que foram atingidos na rua Canitá, no complexo do Alemão.
Nesta segunda, de acordo com a PM, não há informações de feridos durante trocas de tiros na região.
Leia mais
Leia capítulo de Folha Explica a Violência Urbana
Dois homens são feridos a tiros no complexo do Alemão, no Rio
Falta de testemunha adia júri de acusado de matar juiz-corregedor em SP
Polícia detém 600 palmeirenses na rodovia Dutra por tumulto
Motociclista atropela garoto de dois anos e acaba morto em MG
Especial
Leia o que já foi publicado sobre tiroteios no Rio
Hospital atendeu 60 vítimas de tiros nos confrontos na Vila Cruzeiro, no Rio
Publicidade
da Folha Online
"Estamos vivendo em guerra". A afirmação é de Maria Alice Freyre Schuback, diretora médica do Hospital Estadual Getúlio Vargas, que recebe as vítimas atingidas por tiros no confronto entre a Polícia Militar e traficantes da Vila Cruzeiro, no complexo do Alemão (zona norte do Rio de Janeiro). Nesta segunda-feira, o hospital completou 60 atendimentos de vítimas de balas neste mês. No ano passado, durante todo o mês de maio, foram 37 feridos por tiros. Dessas vítimas, três chegaram mortas e três morreram no hospital.
No dia 2 deste mês a PM ocupou a favela após a morte de dois soldados. Nesta segunda, uma reunião foi realizada na SSP (Secretaria de Segurança Pública) com o Comando da PM para definir os rumos da ocupação, que não tem data para terminar. O resultado da reunião não foi divulgado pela SSP.
Todos os feridos por balas são encaminhados ao Getúlio Vargas, afirmou Maria Alice. De acordo com a PM, não há números oficiais de mortos e feridos por balas perdidas no confronto --ao menos 12 pessoas morreram.
"Nós atendemos a todos que chegam, não há como saber se foi no confronto ou se foi bala perdida. Mas o volume de feridos a tiros aumentou muito neste mês", afirmou a médica.
Segundo a diretora, o hospital tem capacidade para atender todos os tipos de ferimentos por armas de fogo.
"Temos uma equipe de emergência para esse tipo de situação, atendemos a todos os casos", disse Maria Alice.
De acordo com a diretora, 11 pessoas permanecem internadas no hospital por conta dos tiroteios entre a PM e os criminosos. No entanto, não há nenhuma vítima em caso grave.
Trégua
Durante o domingo (13), a Polícia Militar deu uma trégua na troca de tiros com os traficantes da Vila Cruzeiro. De acordo com a assessoria da corporação, o motivo foi Dia das Mães.
No sábado (12), dois homens foram baleados durante os confrontos no complexo do Alemão. Marcelo Ferreira Polina, 36 anos, deu entrada no Hospital Salgado Filho baleado no tórax e Maciel Vieira da Silva levou um tiro no braço esquerdo e foi levado ao Hospital Getúlio Vargas. Os dois informaram que foram atingidos na rua Canitá, no complexo do Alemão.
Nesta segunda, de acordo com a PM, não há informações de feridos durante trocas de tiros na região.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice