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16/05/2007 - 09h58

Justiça nega transferência e assassino de namorados fica na Fundação Casa

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da Folha Online

A Justiça negou recurso apresentado pela Secretaria de Justiça de São Paulo e decidiu que o assassino dos namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, deve permanecer na Fundação Casa (ex-Febem). O caso ainda será analisado pela Câmara Especial do TJ (Tribunal de Justiça).

O governo do Estado pretendia transferir o jovem --atualmente com 20 anos-- para um presídio de adultos com tratamento psiquiátrico.

Apontado como o mentor do seqüestro e morte do casal --em 2003--, o rapaz pulou um muro e conseguiu escapar de uma unidade da fundação na zona norte de São Paulo, no início do mês, e foi recapturado horas depois na região metropolitana.
Reprodução
O casal Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, morto na Grande SP em novembro de 2003
O casal Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, morto na Grande SP em novembro de 2003


Enquanto para o secretário da Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, a "melhor solução" seria levar o jovem para tratamento psiquiátrico na Casa de Custódia de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo) --presídio para adultos--, o promotor da Infância e Juventude Wilson Tafner defendeu o encaminhamento do rapaz para a unidade de saúde da Fundação Casa.

O juiz Trazíbulo José Ferreira da Silva, do Departamento de Execuções da Infância e da Juventude do TJ, negou o pedido do governo estadual, e o rapaz foi levado para a Unidade Experimental de Saúde da Fundação Casa, na Vila Maria, zona norte de São Paulo. A Fundação Casa recorreu.

O juiz determinou, ainda, que o jovem seja acompanhado por profissionais do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Psiquiatria Forense da USP (Universidade de São Paulo). Os especialistas terão de fornecer um relatório sobre a saúde mental do jovem a cada 20 dias.

A Folha Online não identifica o jovem envolvido na morte dos namorados em cumprimento ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que impede a divulgação do nome, apelido ou imagens de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.

Mortes

Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé foram rendidos em novembro de 2003, enquanto acampavam em Embu-Guaçu (Grande São Paulo). Os estudantes mentiram sobre a viagem para os pais --Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estaria com amigos.

No dia 2 de novembro, um dia após o casal ser abordado pelos criminosos, Felipe foi assassinado com um tiro na nuca. Ele estava em uma área de mata fechada, com um dos acusados presos --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, enquanto Liana estava com o jovem, que na época tinha 16 anos. A menina foi morta pelo adolescente a facadas, no dia 5 do mesmo mês. Outras três pessoas foram presas sob acusação de envolvimento no crime: Antonio Matias de Barros, Antônio Silva e Aguinaldo Pires.

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