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22/05/2007 - 12h41

Greve da PF afeta emissão de passaporte e deve aumentar fila em aeroportos

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da Folha Online

A greve de policiais federais iniciada na manhã desta terça-feira no país afeta os serviços de emissão de passaportes e investigações. Apesar da expectativa inicial da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), de que os aeroportos não seriam afetados, as filas de passageiros nos terminais podem aumentar devido à chamada operação-padrão.

Em assembléias realizadas pela manhã nos Estados, a categoria definiu a forma de atuação durante a greve --que pode variar nas regiões. De acordo com o presidente da Fenapef, Marcos Wink, o porto de Santos (litoral de São Paulo) e os aeroportos de São Paulo e do Rio serão afetados pela operação-padrão, na tarde desta terça.
Matuiti Mayezo/Folha Imagem
Interessados em obter passaporte enfrentam fila em SP durante a greve dos policiais
Interessados em obter passaporte enfrentam fila em SP durante a greve dos policiais


Em São Paulo, a assessoria de imprensa do Sindpolf (sindicato que representa a categoria em São Paulo) afirma que a operação ocorre no aeroporto internacional, em Guarulhos (região metropolitana), conforme definido em assembléia. Devido à redução do número de funcionários, com a greve, o tempo de fiscalização deve aumentar, e, conseqüentemente a fila de passageiros.

O sindicato afirma, ainda, que a operação-padrão também deverá ser realizada no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). A data, no entanto, não foi confirmada. A categoria diz que pode ocorrer na quarta-feira (23).

Greve

A Fenapef afirma que as investigações da Operação Navalha, que aponta fraudes em licitações para a realização de obras públicas, não serão suspensas, apesar da greve --mas podem ser prejudicadas. Isso porque parte da categoria mantém os chamados serviços essenciais --como plantões-- e investigações com prazos determinados pela Justiça.

Os policiais reivindicam reajuste salarial de 30%. Trata-se da segunda parcela de um aumento prometido pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, em 2006. Conforme o acordo, os policiais deveriam ter recebido a segunda parcela no começo deste ano, o que não ocorreu.

Na segunda (21), eles estiveram reunidos com representantes do Ministério do Planejamento, mas não chegaram a um acordo. Proposta inicial do governo federal previa o pagamento em duas parcelas: em junho de 2008 e em junho de 2009. Na reunião de segunda, o governo manteve o pagamento em duas datas, antecipadas em alguns meses: março de 2008 e março de 2009. Para o governo, a principal justificativa é de que o reajuste causaria impacto negativo nas contas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Segundo a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), a proposta frustrou as entidades que representam os policiais federais. Nova reunião entre a categoria e representantes do governo federal está marcada para quinta-feira (24). "Podemos aceitar [a proposta]. Caso contrário, vamos convocar uma assembléia nacional para definir novo calendário [de mobilizações", disse Wink. Ele afirma que não está descartada uma paralisação por tempo indeterminado.

Atendimento

A federação afirma que a paralisação não afetará os plantões policiais. Na superintendência da PF em São Paulo, uma grande fila de pessoas interessadas em obter o passaporte foi registrada.

Segundo o sindicato em São Paulo, somente pessoas com crianças no colo, idosos e pessoas com passagens nas mãos para embarque foram atendidas.

Na Operação Navalha, foram mantidos para esta terça os depoimentos de 12 dos 48 presos. Eles serão ouvidos pela ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A paralisação não envolve os servidores do setor administrativo da PF, de acordo com o SINPECPF (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal). Eles exercem serviços internos nos setores de logística e protocolo, por exemplo.

Os servidores administrativos, que chegara a paralisar as atividades neste ano, afirmam que chegaram a um acordo com o governo federal e foi criado um calendário para analisar o projeto de reestruturação da categoria. Eles querem a equiparação de seus salários aos de outros servidores administrativos federais --o que elevaria os rendimentos iniciais de R$ 1.900 para R$ 3.000--; e o fim das terceirizações.

Bahia

Na Bahia, cerca de 420 policiais federais estão em greve desde a semana passada, de acordo com o sindicato da categoria no Estado. O movimento envolve agentes, peritos, delegados e papiloscopistas.

De acordo com os policiais, com a paralisação, apenas 30% do efetivo trabalha na fiscalização de portos e aeroportos do Estado, atendimento de plantões e serviços de custódia de presos. A greve interfere em investigações, operações, emissão de passaportes e de certidão de antecedentes criminais. Não há previsão para que ocorra operação-padrão nos portos e aeroportos.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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