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23/05/2007 - 21h23

Obra e chuva aumentam número de vôos desviados de Congonhas

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da Folha Online

A chuva e as obras que interditam a pista principal de Congonhas (zona sul de São Paulo) são apontadas como as causas do grande número de vôos desviados do aeroporto para outros terminais. Nesta quarta-feira, das 5h30 às 19h, 45 vôos foram alternados, de acordo com balanço da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).

A estatal afirma que a decisão de seguir para outro terminal é do comandante da aeronave, que avalia a segurança do pouso --depende, por exemplo, de condições do tempo.

Congonhas opera apenas com a pista auxiliar desde o último dia 14, quando começaram as obras na pista principal. Com a reforma, mais de cem vôos foram suspensos e cerca de 50 foram transferidos para o aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (região metropolitana).

Para Uébio José da Silva, do Sindicato dos Aeroviários, mais pilotos têm optado por não pousar em Congonhas devido ao tamanho da pista auxiliar --cerca de 500 metros menor que a principal-- e devido ao fato de o chamado "grooving" --ranhuras para facilitar o escoamento de água-- ainda não ter sido concluído.

A pista auxiliar de Congonhas ficou fechada por cerca de 70 dias para as obras de recuperação e foi aberta no dia 8. Na primeira fase, as obras incluíram sinalização e foram retiradas as camadas desgastadas de asfalto. Agora, a segunda etapa inclui o "grooving" --os trabalhos são feitos durante a madrugada. Para a Infraero, a falta das ranhaduras no solo não coloca em risco as operações.

De acordo com Silva, sem o "grooving", a chuva deixa a pista escorregadia, o que aumenta o risco de derrapagens. "Os pilotos estão desviando com sabedoria", afirmou.

Já o diretor-técnico do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), Ronaldo Jenkis, atribui o problema apenas à chuva e ao tamanho da pista auxiliar. "Há diferença de peso para pousar com a pista seca e com a pista molhada", afirma.

Balanço

De acordo com informações da Infraero em Congonhas, das 5h30 às 19h, 71 dos 235 vôos programados sofreram atrasos de mais de 45 minutos.

Dos 45 vôos alternados, 33 seguiram para Guarulhos e 12 para Viracopos, em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). No início da noite, a estatal não dispunha do número de vôos desviados na terça-feira (22), para comparativo, mas admitiu que houve aumento de pousos alternados.

Apesar da chuva que atingiu a cidade nesta quarta, o terminal não suspendeu as operações. Na terça, pousos e decolagens foram suspensos por duas vezes, pela manhã.

Obras

O objetivo das obras nas pistas do terminal é, principalmente, acabar com o acúmulo de água durante as fortes chuvas e o risco de derrapagem das aeronaves na pista. Desde fevereiro, por determinação da Justiça, a pista principal do terminal era bloqueada para pousos e decolagens sempre que a água acumulada sobre o asfalto ultrapassava 3 mm (um milímetro equivale a um litro de água por um metro quadrado).

Além de afetar vôos, a reforma da pista principal também alterou o horário de operação de Congonhas. Agora, ele opera das 5h30 à meia-noite de segunda a sexta-feira; aos sábados, das 6h às 23h; e aos domingos, das 7h à meia-noite. As operações de pouso e decolagem serão reduzidas para até 33 por hora --em dias normais, a média era de 48.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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