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14/11/2000 - 15h19

Pitta deixa dinheiro que só dá para merenda incompleta

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FABIANE LEITE
da Folha Online

O Orçamento proposto para 2001 pelo prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), e enviado para avaliação da Câmara Municipal não prevê verba suficiente para que seja fornecida uma merenda completa às crianças que estão na rede escolar municipal, centros esportivos, alunos de supletivos entre outros.

O dinheiro previsto também não é suficiente para aumentar o fornecimento de merenda, que hoje é de 1,4 milhão de refeições diárias. As informações são do secretário do Abastecimento, Jovelino Ribeiro, que prestou esclarecimentos hoje à Comissão de Finanças da Câmara.

O secretário disse que pretendia aumentar o número da merenda em 30%, o que equivaleria a 1,8 milhão de refeições diárias.

A Secretaria do Abastecimento solicitou R$ 617,3 milhões para o Orçamento de 2001, mas a Secretaria das Finanças só aprovou 248% a menos, o equivalente a R$ 177 milhões.

Para a merenda, a Secretaria do Abastecimento pediu R$ 582,287 milhões, mas foram destinados à pasta no Orçamento do próximo ano R$ 142,842 milhões. A verba da merenda é em parte bancada pela União.

Segundo o secretário, o ideal é que a merenda fosse completa. Hoje, do total de refeições servidas, 30% (420 mil) são refeições "secas", isto é, com pão, bolacha e frutas, sem complementações como carne e massas.

Além disso, o secretário disse que, se o Orçamento da secretaria fosse maior, seria posssível diversificar a merenda aumentando de 50 para 100 o número de produtos utilizados nas refeições.

A secretaria concluiu 30 licitações para comprar mais produtos para a merenda, mas não recebeu dinheiro da Secretaria das Finanças para pagar as contas. "Nada em São Paulo é o ideal", disse o secretário.

Por outro lado, Pitta aprovou em sua proposta orçamentária todo o dinheiro solicitado pela secretaria para o programa Leve-leite, bandeira de campanha de seu padrinho político, Paulo Maluf (PPB). Dos R$ 142 milhões da merenda, 65% irão para o programa (cerca de R$ 90 milhões), segundo a proposta.

O programa, que prevê distribuição de leite para crianças que estejam na escola, é alvo de denúncias de irregularidade. A Nutril, fornecedora do leite, foi acusada pela ex-primeira-dama Nicéa Pitta, de pagar o aluguel do apartamento da filha do prefeito, Roberta, em Nova York.

O Leve-leite distribui o produto para 840 mil crianças na rede de ensino por mês.
 

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