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15/11/2000
-
20h08
EUNICE NUNES
especial para a Folha
Numa clima de disputa acirrada _com guerra de liminares, cartazes e faixas por todo o lado, boca-de-urna etc_, os advogados paulistas elegem nesta quinta-feira os novos dirigentes da OAB-SP (Secção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil). Os eleitos vão administrar em 2001 um orçamento estimado em R$ 69 milhões.
Concorrem as chapas "Avança OAB" _liderada pelo atual secretário-geral da entidade, Carlos Miguel Aidar_ e "Oposição Unida", presidida por Roberto Ferreira, ex-presidente da Caasp (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo).
A eleição poderá deixar de fora uma significativa parcela dos cerca de 150 mil advogados, já que quem não estiver com as anuidades pagas até 1999 não pode votar. O índice de inadimplência é de aproximadamente 40%, o mais alto da história da entidade.
Na última semana, a chapa de oposição tentou obter na Justiça autorização para os inadimplentes votarem. Obteve uma liminar, mas a atual gestão conseguiu derrubá-la. Até ontem à noite, permanecia esse quadro. Mas a oposição ainda estudava uma forma de garantir o voto aos devedores.
"Não defendo anistia para os devedores, mas o direito de voto. Eles (situação) não foram sensíveis ao quadro atual. A classe empobreceu. É por isso que pretendo baixar a anuidade (hoje é R$ 444,96) e facilitar o pagamento das atrasadas", disse Ferreira.
"Inadimplente não vota porque assim determina o regimento interno da OAB-SP. Sempre foi assim", afirmou Aidar.
Outra disputa entre as duas chapas envolveu o programa TV Cidadania, que vai ao ar pela Rede Vida todas as quartas-feiras sob responsabilidade da entidade.
No programa da semana passada, o atuais presidentes da OAB-SP, Rubens Approbato Machado, e da Caasp, José Luís de Oliveira Lima, apresentaram as realizações de suas respectivas gestões.
A chapa de oposição entrou na Justiça e obteve 20 minutos do programa de ontem para divulgar as realizações de Ferreira à frente da Caasp (na gestão anterior) e sua plataforma eleitoral.
Aidar é do grupo de Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que presidiu a OAB-SP por duas vezes na segunda metade da década de 80. Ele coordenou a campanha de Approbato na última eleição.
Ferreira é do grupo de José Roberto Batochio, que dirigiu a entidade no começo da década de 90. As duas gestões seguintes (até 1997) saíram de seu grupo.
Em disputa acirrada, advogados elegem nova diretoria da OAB
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especial para a Folha
Numa clima de disputa acirrada _com guerra de liminares, cartazes e faixas por todo o lado, boca-de-urna etc_, os advogados paulistas elegem nesta quinta-feira os novos dirigentes da OAB-SP (Secção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil). Os eleitos vão administrar em 2001 um orçamento estimado em R$ 69 milhões.
Concorrem as chapas "Avança OAB" _liderada pelo atual secretário-geral da entidade, Carlos Miguel Aidar_ e "Oposição Unida", presidida por Roberto Ferreira, ex-presidente da Caasp (Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo).
A eleição poderá deixar de fora uma significativa parcela dos cerca de 150 mil advogados, já que quem não estiver com as anuidades pagas até 1999 não pode votar. O índice de inadimplência é de aproximadamente 40%, o mais alto da história da entidade.
Na última semana, a chapa de oposição tentou obter na Justiça autorização para os inadimplentes votarem. Obteve uma liminar, mas a atual gestão conseguiu derrubá-la. Até ontem à noite, permanecia esse quadro. Mas a oposição ainda estudava uma forma de garantir o voto aos devedores.
"Não defendo anistia para os devedores, mas o direito de voto. Eles (situação) não foram sensíveis ao quadro atual. A classe empobreceu. É por isso que pretendo baixar a anuidade (hoje é R$ 444,96) e facilitar o pagamento das atrasadas", disse Ferreira.
"Inadimplente não vota porque assim determina o regimento interno da OAB-SP. Sempre foi assim", afirmou Aidar.
Outra disputa entre as duas chapas envolveu o programa TV Cidadania, que vai ao ar pela Rede Vida todas as quartas-feiras sob responsabilidade da entidade.
No programa da semana passada, o atuais presidentes da OAB-SP, Rubens Approbato Machado, e da Caasp, José Luís de Oliveira Lima, apresentaram as realizações de suas respectivas gestões.
A chapa de oposição entrou na Justiça e obteve 20 minutos do programa de ontem para divulgar as realizações de Ferreira à frente da Caasp (na gestão anterior) e sua plataforma eleitoral.
Aidar é do grupo de Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que presidiu a OAB-SP por duas vezes na segunda metade da década de 80. Ele coordenou a campanha de Approbato na última eleição.
Ferreira é do grupo de José Roberto Batochio, que dirigiu a entidade no começo da década de 90. As duas gestões seguintes (até 1997) saíram de seu grupo.
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