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04/12/2000
-
22h13
FABIANE LEITE
da Folha Online
O secretário da Saúde do município de São Paulo, Carlos Alberto Velucci, admitiu que o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) não acabou.
"O PAS não acabou", afirmou hoje Velucci durante entrevista conjunta com o futuro secretário da Saúde, Eduardo Jorge, que assumirá a pasta na administração de Marta Suplicy (PT).
Em setembro do ano passado, o então secretário da Saúde, Jorge Pagura, anunciou o fim do sistema, em uma tentativa de melhorar a imagem da pasta, já que o PAS vinha sendo alvo de inúmeras denúncias de corrupção.
Pagura anunciou ter criado o Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde), que englobaria as cooperativas, o chamado modelo cooperativado", entidades privadas que administram unidades de Saúde com dinheiro público, o setor administrado diretamente pela secretaria e o Hospital do Servidor Público Municipal, uma autarquia (tem recursos próprios).
Segundo Velucci, "chamou-se de modelo cooperativado (o PAS)para fazer uma diferenciação." O secretário silenciou qundo questinado sobre as afirmações do prefeito Celso Pitta (PTN) de que o plano foi extinto.
Na época, a oposição e a imprensa apontaram que o PAS apenas tinha mudado de nome e que Pagura tinha centralizado ainda mais o sistema, aumentando o poder das entidades privadas. As 14 cooperativas foram reorganizadas em quatro, que controlam, cada uma, muito mais unidades de Saúde.
O repasse para as cooperativas foi diminuído de R$ 60 milhões para R$ 40 milhões mensais.
A secretaria passou a retomar unidades de saúde das cooperativas, mas até hoje as entidades privadas controlam a maior parte do sistema: 96 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 13 hospitais.
A secretaria voltou a receber medicamentos da União, que no entanto ainda não envia a totalidade de recursos federais para a Saúde _ cerca de R$ 200 milhões anuais _ em razão da permanência das cooperativas.
Pagura negava a continuidade do PAS e até deixar a secretaria em agosto criticava afirmações de que o sistema perdurava.
Desmonte
Jorge afirmou hoje que só deve saber na sexta-feira como fará o desmonte do PAS. Velucci lhe propôs que sejam prorrogados em até seis meses os contratos com as cooperativas do sistema. O primeiro vence no próximo dia 15.
A oposição, principalmente a petista, costumava cobrar do governo Celso Pitta (PTN) um fim rápido do sistema. Hoje, Jorge negou que seja fácil acabar com as cooperativas. "Eu nunca falei que faria de bate pronto. É uma transição que pode demorar um mês, seis meses" disse.
Com o fim do PAS, a secretaria poderá voltar a receber integralmente a verba da Saúde repassada pela União.
Leia mais sobre o Pittagate na Folha Online
Secretário de Pitta admite que o PAS não acabou
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da Folha Online
O secretário da Saúde do município de São Paulo, Carlos Alberto Velucci, admitiu que o PAS (Plano de Atendimento à Saúde) não acabou.
"O PAS não acabou", afirmou hoje Velucci durante entrevista conjunta com o futuro secretário da Saúde, Eduardo Jorge, que assumirá a pasta na administração de Marta Suplicy (PT).
Em setembro do ano passado, o então secretário da Saúde, Jorge Pagura, anunciou o fim do sistema, em uma tentativa de melhorar a imagem da pasta, já que o PAS vinha sendo alvo de inúmeras denúncias de corrupção.
Pagura anunciou ter criado o Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde), que englobaria as cooperativas, o chamado modelo cooperativado", entidades privadas que administram unidades de Saúde com dinheiro público, o setor administrado diretamente pela secretaria e o Hospital do Servidor Público Municipal, uma autarquia (tem recursos próprios).
Segundo Velucci, "chamou-se de modelo cooperativado (o PAS)para fazer uma diferenciação." O secretário silenciou qundo questinado sobre as afirmações do prefeito Celso Pitta (PTN) de que o plano foi extinto.
Na época, a oposição e a imprensa apontaram que o PAS apenas tinha mudado de nome e que Pagura tinha centralizado ainda mais o sistema, aumentando o poder das entidades privadas. As 14 cooperativas foram reorganizadas em quatro, que controlam, cada uma, muito mais unidades de Saúde.
O repasse para as cooperativas foi diminuído de R$ 60 milhões para R$ 40 milhões mensais.
A secretaria passou a retomar unidades de saúde das cooperativas, mas até hoje as entidades privadas controlam a maior parte do sistema: 96 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 13 hospitais.
A secretaria voltou a receber medicamentos da União, que no entanto ainda não envia a totalidade de recursos federais para a Saúde _ cerca de R$ 200 milhões anuais _ em razão da permanência das cooperativas.
Pagura negava a continuidade do PAS e até deixar a secretaria em agosto criticava afirmações de que o sistema perdurava.
Desmonte
Jorge afirmou hoje que só deve saber na sexta-feira como fará o desmonte do PAS. Velucci lhe propôs que sejam prorrogados em até seis meses os contratos com as cooperativas do sistema. O primeiro vence no próximo dia 15.
A oposição, principalmente a petista, costumava cobrar do governo Celso Pitta (PTN) um fim rápido do sistema. Hoje, Jorge negou que seja fácil acabar com as cooperativas. "Eu nunca falei que faria de bate pronto. É uma transição que pode demorar um mês, seis meses" disse.
Com o fim do PAS, a secretaria poderá voltar a receber integralmente a verba da Saúde repassada pela União.
Leia mais sobre o Pittagate na Folha Online
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