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05/12/2000
-
14h45
FABIANE LEITE
da Folha Online
O secretário da Saúde do município de São Paulo, Carlos Alberto Velucci, atenuou declarações que fez ontem sobre a iminência de caos no setor que administra.
Nesta manhã, diante do prefeito Celso Pitta (PTN), Velucci disse que foi resolvida "a situação do estado crítico" e que "a cidade volta à normalidade".
"Eu definiria que esta situação estaria caminhando para um caos", disse ontem Velucci, em entrevista gravada em conjunto com o futuro secretário da Saúde, Eduardo Jorge, sobre o estado financeiro da pasta que comanda.
O secretário cobrava dívida de R$ 100 milhões, referente a outubro, novembro e dezembro, que Pitta teria com as cooperativas do PAS (Plano de Atendimento à Saúde). Ele destacou ontem que algumas unidades de saúde já estavam trabalhando com estoque mínimo de medicamentos e que poderia haver greve em serviços terceirizados, como alimentação e limpeza.
Velucci acompanhou Pitta nesta manhã na entrega de berçário reformado do hospital e maternidade Mário de Moraes A. Silva, conhecido com Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo.
Depois de vistoriar o berçário, Pitta determinou que Velucci respondesse à perguntas dos jornalistas sobre a crise na saúde.
"Ontem colocamos que não cumprindo aquilo que era o repasse, e a gente acredita que o prefeito cumpra aquilo que ele fala, acreditávamos que poderíamos ter situação de caos, se até o final do ano não tivesse repasses", afirmou o secretário, um pouco confuso.
"Ele (Pitta) garantiu estes repasses, a cidade volta à normalidade", disse ainda Velucci.
Pitta prometeu liberar hoje R$ 20 milhões para as cooperativas.
O secretário voltou a dizer, no entanto, que há problemas de caixa, mas diferente do discurso adotado ontem, disse que a razão da má situação financeira é a falta de repasses de verba para a Saúde pelos governos federal e estadual.
"Temos dificuldades sim em relação a repasses federais e estaduais", disse Velucci.
Desde que o PAS começou a operar, em 1996, a secretaria parou de receber cerca de R$ 200 milhões anuais de verbas da União. O corte nos repasses ocorreu em razão de entidades privadas, as cooperativas, terem assumido o controle da maioria das unidades de saúde em São Paulo.
Apesar de ontem apontar que era necessário o pagamento total da dívida com as coopetrativas, hoje Velucci falou que os R$ 20 milhões já seriam suficientes para resolver a crise.
"Dentro daquilo que foi feito, os R$ 20 milhões, resolvemos situação do estado crítico de medicamentos e materiais médico-hospitalares. Acredito que com este repasse não exista o fator greve", disse ainda Velucci.
Após modificar suas declarações, o secretário acabou fugindo e não complementou entrevista que dava aos jornalistas.
Assessores de Pitta disseram que o secretário foi chamado a dar explicações depois de o prefeito saber de suas declarações ontem. Velucci teria sido convencido a recuar para não perder o cargo.
Leia mais:
Secretário de Pitta foge durante entrevista
Saúde em SP caminha para o caos, diz secretário de Pitta
Secretário da Saúde de SP atenua declarações diante de Pitta
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da Folha Online
O secretário da Saúde do município de São Paulo, Carlos Alberto Velucci, atenuou declarações que fez ontem sobre a iminência de caos no setor que administra.
Nesta manhã, diante do prefeito Celso Pitta (PTN), Velucci disse que foi resolvida "a situação do estado crítico" e que "a cidade volta à normalidade".
"Eu definiria que esta situação estaria caminhando para um caos", disse ontem Velucci, em entrevista gravada em conjunto com o futuro secretário da Saúde, Eduardo Jorge, sobre o estado financeiro da pasta que comanda.
O secretário cobrava dívida de R$ 100 milhões, referente a outubro, novembro e dezembro, que Pitta teria com as cooperativas do PAS (Plano de Atendimento à Saúde). Ele destacou ontem que algumas unidades de saúde já estavam trabalhando com estoque mínimo de medicamentos e que poderia haver greve em serviços terceirizados, como alimentação e limpeza.
Velucci acompanhou Pitta nesta manhã na entrega de berçário reformado do hospital e maternidade Mário de Moraes A. Silva, conhecido com Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo.
Depois de vistoriar o berçário, Pitta determinou que Velucci respondesse à perguntas dos jornalistas sobre a crise na saúde.
"Ontem colocamos que não cumprindo aquilo que era o repasse, e a gente acredita que o prefeito cumpra aquilo que ele fala, acreditávamos que poderíamos ter situação de caos, se até o final do ano não tivesse repasses", afirmou o secretário, um pouco confuso.
"Ele (Pitta) garantiu estes repasses, a cidade volta à normalidade", disse ainda Velucci.
Pitta prometeu liberar hoje R$ 20 milhões para as cooperativas.
O secretário voltou a dizer, no entanto, que há problemas de caixa, mas diferente do discurso adotado ontem, disse que a razão da má situação financeira é a falta de repasses de verba para a Saúde pelos governos federal e estadual.
"Temos dificuldades sim em relação a repasses federais e estaduais", disse Velucci.
Desde que o PAS começou a operar, em 1996, a secretaria parou de receber cerca de R$ 200 milhões anuais de verbas da União. O corte nos repasses ocorreu em razão de entidades privadas, as cooperativas, terem assumido o controle da maioria das unidades de saúde em São Paulo.
Apesar de ontem apontar que era necessário o pagamento total da dívida com as coopetrativas, hoje Velucci falou que os R$ 20 milhões já seriam suficientes para resolver a crise.
"Dentro daquilo que foi feito, os R$ 20 milhões, resolvemos situação do estado crítico de medicamentos e materiais médico-hospitalares. Acredito que com este repasse não exista o fator greve", disse ainda Velucci.
Após modificar suas declarações, o secretário acabou fugindo e não complementou entrevista que dava aos jornalistas.
Assessores de Pitta disseram que o secretário foi chamado a dar explicações depois de o prefeito saber de suas declarações ontem. Velucci teria sido convencido a recuar para não perder o cargo.
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