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07/12/2000
-
04h45
da Folha de S.Paulo
Tirar os anúncios irregulares das ruas, fazer acordos com comerciantes sobre a questão dos letreiros e propor uma nova lei na Câmara são as três principais armas do PT para combater a poluição visual da cidade.
O primeiro ato da prefeita eleita Marta Suplicy -anunciado no dia do segundo turno das eleições- será "limpar a cidade".
A operação limpeza da poluição visual será comandada pelo arquiteto Jorge Wilheim, novo secretário de Planejamento Urbano. Para ele, a situação atual da cidade é "caótica e autofágica".
"O que não está dentro das normas atuais poderá ser retirado, sim", afirma Wilheim. "Mas o conflito não seria proveitoso nesse caso, e sim o acordo."
Em pesquisas com publicitários, o secretário afirma ter obtido o apoio do setor para mudar a atual situação. "Do jeito que está, o negócio está perdendo o lucro."
Wilheim afirmou querer usar a experiência da Associação dos Moradores do Pacaembu, Perdizes e Higienópolis (AMAPPH) como exemplo. No ano passado, a associação conseguiu entrar em acordo com comerciantes da avenida Angélica (centro), que retiraram letreiros gigantes da via.
Porém a peça principal da estratégia do secretário é a proposta da Lei da Paisagem Urbana, cuja novidade é considerar a bela paisagem um direito do cidadão.
"O projeto de lei está elaborado, mas não será enviado à Câmara sem que seja submetido a um amplo debate", diz Wilheim.
Para ele, há casos a serem observados isoladamente. Sobre as paredes de prédios sem janelas usadas para propaganda, por exemplo, diz que, se fossem totalmente brancas, poderiam ser "mais agressivas". "Não tenho uma opinião formada a respeito de tudo. Aprecio alguns outdoors, mas não um grudado no outro", diz.
O presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, João Alvieri Neto, disse que "só pode gargalhar sobre a proposta de retirar todos os irregulares da rua". "Primeiro, pelo volume. São 4 milhões de peças, muitas gigantescas. Segundo, pela impossibilidade de invadir propriedade particular", analisa.
O arquiteto Roberto Aflalo disse que somente a fiscalização da prefeitura não adiantará. "A experiência nesse setor mostra que a situação só muda quando as pessoas começam a se importar realmente com isso e a denunciar."
A prefeitura tem cerca de 500 agentes vistores, distribuídos pelas 27 administrações regionais, que fiscalizam todos os setores da cidade, da obra irregular à faixa instalada em postes públicos.
Segundo a da Administração Regional da Lapa, que abrange uma parte da marginal Pinheiros, área de grande incidência de anúncios publicitários, dos 15 fiscais disponíveis, 3 foram deslocados para a propaganda clandestina. O resultado foram cerca de 75 ocorrências por mês, entre aplicação de multa e apreensão.
PT propõe nova lei para a publicidade
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Tirar os anúncios irregulares das ruas, fazer acordos com comerciantes sobre a questão dos letreiros e propor uma nova lei na Câmara são as três principais armas do PT para combater a poluição visual da cidade.
O primeiro ato da prefeita eleita Marta Suplicy -anunciado no dia do segundo turno das eleições- será "limpar a cidade".
A operação limpeza da poluição visual será comandada pelo arquiteto Jorge Wilheim, novo secretário de Planejamento Urbano. Para ele, a situação atual da cidade é "caótica e autofágica".
"O que não está dentro das normas atuais poderá ser retirado, sim", afirma Wilheim. "Mas o conflito não seria proveitoso nesse caso, e sim o acordo."
Em pesquisas com publicitários, o secretário afirma ter obtido o apoio do setor para mudar a atual situação. "Do jeito que está, o negócio está perdendo o lucro."
Wilheim afirmou querer usar a experiência da Associação dos Moradores do Pacaembu, Perdizes e Higienópolis (AMAPPH) como exemplo. No ano passado, a associação conseguiu entrar em acordo com comerciantes da avenida Angélica (centro), que retiraram letreiros gigantes da via.
Porém a peça principal da estratégia do secretário é a proposta da Lei da Paisagem Urbana, cuja novidade é considerar a bela paisagem um direito do cidadão.
"O projeto de lei está elaborado, mas não será enviado à Câmara sem que seja submetido a um amplo debate", diz Wilheim.
Para ele, há casos a serem observados isoladamente. Sobre as paredes de prédios sem janelas usadas para propaganda, por exemplo, diz que, se fossem totalmente brancas, poderiam ser "mais agressivas". "Não tenho uma opinião formada a respeito de tudo. Aprecio alguns outdoors, mas não um grudado no outro", diz.
O presidente da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, João Alvieri Neto, disse que "só pode gargalhar sobre a proposta de retirar todos os irregulares da rua". "Primeiro, pelo volume. São 4 milhões de peças, muitas gigantescas. Segundo, pela impossibilidade de invadir propriedade particular", analisa.
O arquiteto Roberto Aflalo disse que somente a fiscalização da prefeitura não adiantará. "A experiência nesse setor mostra que a situação só muda quando as pessoas começam a se importar realmente com isso e a denunciar."
A prefeitura tem cerca de 500 agentes vistores, distribuídos pelas 27 administrações regionais, que fiscalizam todos os setores da cidade, da obra irregular à faixa instalada em postes públicos.
Segundo a da Administração Regional da Lapa, que abrange uma parte da marginal Pinheiros, área de grande incidência de anúncios publicitários, dos 15 fiscais disponíveis, 3 foram deslocados para a propaganda clandestina. O resultado foram cerca de 75 ocorrências por mês, entre aplicação de multa e apreensão.
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