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29/12/2000 - 10h04

Veja o balanço das promessas de Pitta

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da Folha Online

Apesar de não ter um programa de governo detalhado, o prefeito Celso Pitta falou muito durante sua campanha em 1996. Para todas as áreas, houve promessas, mas no cômputo geral, as iniciativas foram deixadas na metade do caminho ou esquecidas.

Segundo as secretarias municipais, a falta de verba foi o que mais inviabilizou projetos.

Transportes, trânsito e vias públicas

Pitta prometeu implantar o bilhete magnético na frota paulistana de ônibus, mas segundo a SP Trans (São Paulo Transporte) apenas 3.450 coletivos do total de 10 mil têm catracas eletrônicas.

O prefeito também queria padronizar os abrigos de ônibus. Dos cerca de 4.000 abrigos, padronizou mil, principalmente no centro expandido.

Ainda na área de transportes, o prefeito dizia que ajudaria a aumentar a malha do metrô, o que não cumpriu, mas ofereceu operações urbanas _permissões para construir além do autorizado em troca de contrapartida financeira _ ao governo do Estado. Disse ainda que criaria linhas de microônibus que levariam ao metrô, idéia que não saiu do papel.

Dos mil novos semáforos prometidos, Pitta entregou 930, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Faltam 577 do projeto iniciado, cuja colocação foi suspensa por causa de falta de pagamento e de irregularidades nos contratos encontradas pelo Tribunal de Contas.

Os 12 novos corredores de ônibus prometidos e dez terminais também ficaram pendentes.Pitta fez apenas um corredor na sua gestão, o de Itapecerica, e terminou o corredor Cachoeirinha.

Dos terminais, fez um, o da Capelinha, e terminou o Princesa Isabel. A prefeitura reclama R$ 750 milhões que deveriam ser financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e seriam em parte aplicados nos corredores.

O prefeito ainda disse que asfaltaria 1.200 km de ruas. Não fez nem a metade. Asfaltou apenas 340 km.

Nesta área, Pitta não conseguiu cumprir a promessa que moveu a campanha de 96. Entregar o Fura-fila. Da rede de 148 km, somente 3 km estão concluídos, do Parque D. Pedro à Praça Alberto Lion. O prefeito não terminou nem a primeira linha do projeto.

Administração

O prefeito disse que iria lutar pela municipalização das polícias civil e militar. A promessa não foi cumprida.

Pitta prometeu ainda aumentar efetivo da GCM (Guarda Civil Metropolitana) de 4 mil para 10 mil homens, mas deixa a guarda com 5 mil homens, segundo o sindicato da categoria. Prometeu também um novo convênio pro-labore à Polícia Militar.

Segundo a assessoria da PM, o único pró-labore que existe é pago aos bombeiros e de 2000 homens que trabalham no trânsito, muito antes de Pitta ser prefeito.

Meio ambiente e saúde

Pitta prometeu ampliar os aterros São João e Bandeirantes, fazer novos incineradores e uma nova usina compostagem, para transformar lixo orgânico em adubo.

Apenas o incinerador São João teve obra de ampliação. Nenhum novo incinerador foi contruído, assim como a usina de compostagem, informou a secretaria de Obras. A extinção da taxa de limpeza obrigou a prefeitura a estudar novas formas de financiamento.

Para o PAS (Plano de Atendimento à Saúde), Pitta não tinha em 96 nenhuma grande expectativa. Dizia que iria criar unidades específicas para idosos, mas não fez. Segundo a secretaria da Saúde, atolada por denúncias de irregularidades e problemas de caixa, a prefeitura nem sonhou por em prática a iniciativa.

Na área ambiental, o resultado também é "capenga". Pitta prometeu realizar o programa adote esta praça, de revitalização de praças da cidade.

Segundo a Secretaria das Administrações Regionais, 170 termos de convênio foram feitos. Em junho, uma portaria vetou as empresas de fazer propagandas em troca da conservação da praça, após contestação do Ministério Público, que viu irregularidade no programa. Os termos estão sendo revisados.

Finanças

O prefeito, preocupado em atrair empresas para o município, prometeu isenção à microempresas e uma comissão de incentivos fiscais.

A comissão nunca chegou a se reunir, informou a secretaria das Finanças No fim do ano, Pitta aprovou projeto na Câmara que reduz a base de cálculo do ISS para algumas empresas. Pitta prometeu ainda implantar o programa de Renda Mínima (de complementação salarial para famílias com filhos nas escolas).

A prefeitura fez apenas estudos técnicos e o programa não saiu do papel. Não havia recursos humanos e financeiros para implantar a iniciativa e fiscalizá-la.

Educação

Pitta disse que iria criar uma Universidade da Zona Leste e um campus o Parque do Carmo. Segundo a secretaria da Educação, não houve nem estudos para a implantação destes projetos.

Dos 596 laboratórios de informática previstos, a prefeitura entrega 466 laboratórios, o que corresponde a cerca de metade das escolas da rede municipal.

Para conseguir ser eleito, o prefeito falou em implantar atendimento médico e odontológico nas escolas. Segundo a secretaria, não existe este tipo de atendimento na rede.

Social

O prefeito disse que seriam criadas casas de tratamento para viciados, mas segundo a Secretaria da Assistência Social a proposta também não foi viabilizada.

Habitação

Pitta prometeu 60 mil novos apartamentos do projeto Cingapura na campanha. Entregou cerca de 9 mil.

Ele afirmou que faria o Cingapura da classe média e cooperativas para a construção de habitações populares, projetos que também ficaram para trás.

Clique aqui para ler mais notícias sobre os últimos dias da gestão Pitta
 

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