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02/01/2001 - 18h00

Marta diz que ficou surpresa com excesso de pessoas em almoço

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FABIANE LEITE
da Folha Online

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), concedeu entrevista coletiva de apenas nove minutos na tarde de hoje e afirmou ter ficado surpresa com o número de pessoas que compareceram ao almoço com sem-teto hoje de manhã.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, cerca de 700 moradores de rua e líderes do setor compareceram ao evento com a prefeita, que ocorreu no Pátio do Colégio, centro de São Paulo.

Houve confusão no local, pois a previsão era de que fossem servidas cerca de 80 refeições somente para líderes de entidades que cuidam de moradores de rua.

"Foi uma surpresa, muita gente para a primeira atividade. Fiquei assustada", disse a prefeita. "No momento em que a imprensa noticiou (o almoço), tinha gente que queria olhar, muita ONG querendo falar, muitos querendo se alimentar, mas foi muito interessante."

Segundo Marta, a confusão no local foi causada pelos jornalistas. "O Povo da rua estava muito bem comportado. A imprensa é que fez uma bela de uma zorra", afirmou.

Ela também comentou o fato de alguns jornalistas terem sido trancados em uma sala da prefeitura pela manhã por guardas civis metropolitanos.

O objetivo era que eles não a seguissem em um percurso pelo Palácio das Indústrias, sede da prefeitura paulistana.

"Depois que vocês me acompanharam por bastante tempo, eu pedi que vocês se retirassem, mas foi um incidente normal", disse.

Avaliação

A prefeita fez uma avaliação rápida do primeiro dia útil como governante. "É bastante coisa porque temos de remanejar o espaço. É todo um processo", afirmou, sem entrar em detalhes.

Marta não quis falar sobre a reunião que terá amanhã com o ministro Paulo Renato Souza (Educação), mas disse que pode verificar a possibilidade de uma cooperação financeira com o governo federal para as áreas sociais.

Ela informou que ainda não sabe quanto irá remanejar no Orçamento para atender seus projetos.

Durante a entrevista, a prefeita defendeu a Lei de Responsabilidade Fiscal _que impede o administrador público de deixar dívidas para seu sucessor_ mas disse que a legislação tem de ser reparada.

"Essa lei (da Responsabilidade Fiscal) tem porque existir, que é o descalabro que os prefeitos encontram quando recebem gestões de prefeitos irresponsáveis. Mas, como ela foi feita, não cobre o período de transição, o que está gerando muitas dificuldades."

Marta voltou a dizer que quer criar uma lei municipal contra a improbidade administrativa (má gestão pública). Seus assessores jurídicos e o jurista Fábio Konder Comparato estão preparando um projeto nesse sentido.

Antes de voltar para seu gabinete, Marta recebeu um cachorro de pelúcia de uma eleitora, Maria da Conceição Araújo, 50. Em seguida, recebeu o geógrafo Milton Santos.

Segundo a assessoria da prefeita, ela deve ir embora por volta das 18 horas.

E-mail: painel do webleitor

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