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03/01/2001 - 04h31

Secretário da Educação aponta falta de professores em escolas

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da Folha de S.Paulo

Os estabelecimentos de ensino construídos às pressas no final do mandado do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta não têm carteiras nem professores.

"Não dá para comprar 8.000 carteiras e contratar mil professores da noite para o dia. Isso significa que não vou poder usar essas escolas nos próximos seis meses", afirmou o secretário municipal da Educação, Fernando José de Almeida, 57.

Essas escolas têm capacidade para atender entre 700 e mil alunos. Segundo o ex-chefe de gabinete Antônio Carlos do Amaral Filho, eles já estão matriculados.

"Não acredito que o professor Fernando (secretário) vá permitir que essas escolas fiquem fechadas. Se as carteiras novas não chegarem, existem as velhas, e a rede tem professor substituto suficiente para essa demanda", afirmou.

De acordo com o secretário, serão necessários cerca de mil professores para essas escolas. Ele nega que esses professores estejam disponíveis na rede municipal.

Uma das soluções para esse problema seria fazer contratações temporárias. Mas Almeida descarta a idéia, dizendo que não dá para investir no treinamento de professores que perderá em seis meses.

"Minha única saída é enviar um projeto para a Câmara para abrir um concurso e viabilizar todo o processo. Isso leva tempo. Com certeza absoluta, no dia 8 de fevereiro, essas escolas não estarão funcionando",
disse Almeida.

Além da questão dos professores há o problema da falta de carteiras.
Almeida disse que o antigo secretário, João Gualberto de Carvalho, não fechou a licitação para a compra dos móveis porque o vencedor do processo queria uma prorrogação no prazo de entrega.

Almeida afirmou que ainda não sabe como resolver o problema desses alunos e que depende de relatórios pedidos aos 13 coordenadores municipais que foram nomeados ontem.

Esses profissionais, que ocuparão o cargo de coordenadores de núcleos de ação educacional, são pessoas de confiança do secretário da Educação e vão substituir os antigos delegados de ensino.

Outro lado
Ex-chefe de gabinete da Secretaria da Educação Antônio Carlos Amaral Filho disse que há carteiras e profissionais suficientes para o
funcionamento das esscolas em fevereiro.

Ele afirma ter deixado a assinatura do contrato da compra das carteiras para o novo secretário porque a vencedora da licitação queria prorrogar o prazo de entrega dos móveis.

"Isso aconteceu porque não fizemos concessões. A rede tem carteiras e professores suficientes para colocar as escolas em funcionamento no primeiro dia deste ano letivo."
 

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