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05/01/2001 - 04h06

Regionais viram abrigo de ratos e sucata

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FLÁVIA DE LEON, da Folha de S.Paulo

Ratos e pulgas habitam o mesmo depósito de 500 m2 destinado a guardar mercadorias apreendidas pela Administração Regional da Sé. São roupas, brinquedos, eletrônicos e até comida e bebidas servindo de alimento às pragas.

O depósito fechado está lotado de sacos com mercadorias que não vão a leilão há quatro anos. O último leilão ocorreu em 12 de novembro de 96. Desde então, os produtos estão parados, muitos dos sacos lacrados foram abertos e não é possível saber o que entrou ou saiu do depósito, pois o único registro é uma etiqueta similar à colocada em bagagens.

O pavilhão está localizado dentro de uma área maior, de cerca de 2.000 m2, onde há de tudo, até carros apreendidos, um Fiesta novinho e quatro já em estado de sucata. Quem levou os tais carros para lá ninguém sabe responder.

O depósito é apenas a parte visível do levantamento que a nova administradora, Clara Ant, faz sobre a regional. Assim que viu o problema, ela chamou o controle de zoonoses, que recolheu amostras dos produtos estocados para analisar e responder se ainda podem ser usados ou não.

Interesse da população
"Não sei que palavras usar para descrever esse insulto à população paulistana", disse. "Se pudesse, resolveria essa situação em um dia, mas não é assim. Precisamos levantar tudo o que há aqui para levar a leilão ou doar para entidades que possam aproveitar."

Clara e as administradoras regionais de Pinheiros, Bia Pardi, e da Freguesia do Ó, Marcia Barral, levantaram um outro problema, comum aos locais que trabalham: a falta de cuidado e de estímulo aos funcionários.

"Quando você dá apoio aos funcionários, eles são criativos, tiram leite de pedra. Estamos trabalhando em esquema emergencial, e todos estão colaborando", disse Bia Pardi, que se declarou emocionada por estar recebendo telefonemas de moradores da região se oferecendo para ajudar.

"A primeira coisa que fizemos foi mudar o local da sala do administrador, que ficava no fundo do prédio e, para chegar lá, era preciso passar vários corredores. Aqui a porta é aberta, e os
funcionários já perceberam que o clima é outro", disse Marcia.

Clara Ant contou que chegou a perguntar aos funcionários que trabalham no depósito e no setor de serviços da regional se costumavam receber visita dos supervisores. "Eles não respondem, pois temem. Mas está claro que ninguém dava atenção a eles ou a seu trabalho", disse a nova administradora da região da Sé.

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