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06/01/2001
-
08h37
da Folha de S.Paulo
O governo do Estado de São Paulo sinalizou que deve restringir as possibilidades de parcerias desejadas pela prefeita Marta Suplicy (PT) para levar adiante algumas de suas promessas de campanhas, como a implantação do Programa de Renda Mínima e do bilhete único no transporte coletivo.
Segundo o secretário da Assistência e Desenvolvimento Social, Edson Ortega, o Estado não poderá firmar uma parceria com o município, se a proposta se limitar apenas ao renda mínima, como defendeu inicialmente a prefeita.
"A gente não destina (recursos para municípios) para o renda mínima, isoladamente. Não é que não temos interesse. Não devemos", afirmou Ortega, referindo-se a uma exigência da Lei Orgânica da Assistência Social.
O banho de água fria nas pretensões da prefeita em relação a sua principal bandeira no plano social ocorre um dia depois de o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ter dito à Folha que não há, este ano, recursos do Bolsa-Escola _nome do renda mínima em nível federal_ previstos para as regiões metropolitanas.
Ontem, o ministro divulgou nota oficial dizendo estar em estudo a ampliação do programa a famílias pobres de grandes cidades do país, mas não deu informações sobre prazo ou valores.
Segundo o secretário de Covas, uma parceria só sairá se a prefeitura apresentar um plano amplo de assistência social.
A proposta, prevendo o atendimento de crianças, de idosos e de deficientes físicos, por exemplo, terá de respeitar as diretrizes do Conselho de Assistência Social.
O renda mínima é um programa de complementação de renda para famílias carentes com renda até três salários mínimos (R$ 453) e que tenham filhos na escola.
"Como secretário estadual, espero da cidade de São Paulo não uma proposta para o renda mínima, mas uma de ação na área social. O renda mínima é um componente. Só ele não resolve", disse o secretário Ortega.
Segundo o coordenador de projetos sociais de Marta, Márcio Pochmann, o objetivo da parceria é desenvolver uma nova política social.
Ele e Marta defendem que, em vez de haver um mesmo programa nos três níveis de governo (União, Estado e município), existam parcerias para aumentar a "eficiência" dos projetos sociais.
"Por que não trabalhar de forma conjunta? Sem isso, só vai existir o programa do partido A, B ou C e não o propósito de combater a pobreza e a exclusão social", disse Pochmann.
O coordenador afirmou que a impossibilidade de a parceria ser firmada com o governo do Estado não prejudicará a implantação do projeto na cidade, mas ele insistirá na proposta.
A avaliação da administração do PT é que a parceria com a União poderia render ao menos R$ 1 milhão ao município (para atender 90 mil famílias, a estimativa é que o programa de Marta precisaria de R$ 40 milhões).
Do governo Covas, não há previsão de quanto poderia ser repassado à prefeitura.
Há R$ 40 milhões reservados no Orçamento deste ano para o programa, que atende famílias em todo o Estado.
Clique aqui para ler mais notícias sobre a gestão Marta Suplicy
Covas impõe limite a parcerias com Marta
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O governo do Estado de São Paulo sinalizou que deve restringir as possibilidades de parcerias desejadas pela prefeita Marta Suplicy (PT) para levar adiante algumas de suas promessas de campanhas, como a implantação do Programa de Renda Mínima e do bilhete único no transporte coletivo.
Segundo o secretário da Assistência e Desenvolvimento Social, Edson Ortega, o Estado não poderá firmar uma parceria com o município, se a proposta se limitar apenas ao renda mínima, como defendeu inicialmente a prefeita.
"A gente não destina (recursos para municípios) para o renda mínima, isoladamente. Não é que não temos interesse. Não devemos", afirmou Ortega, referindo-se a uma exigência da Lei Orgânica da Assistência Social.
O banho de água fria nas pretensões da prefeita em relação a sua principal bandeira no plano social ocorre um dia depois de o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ter dito à Folha que não há, este ano, recursos do Bolsa-Escola _nome do renda mínima em nível federal_ previstos para as regiões metropolitanas.
Ontem, o ministro divulgou nota oficial dizendo estar em estudo a ampliação do programa a famílias pobres de grandes cidades do país, mas não deu informações sobre prazo ou valores.
Segundo o secretário de Covas, uma parceria só sairá se a prefeitura apresentar um plano amplo de assistência social.
A proposta, prevendo o atendimento de crianças, de idosos e de deficientes físicos, por exemplo, terá de respeitar as diretrizes do Conselho de Assistência Social.
O renda mínima é um programa de complementação de renda para famílias carentes com renda até três salários mínimos (R$ 453) e que tenham filhos na escola.
"Como secretário estadual, espero da cidade de São Paulo não uma proposta para o renda mínima, mas uma de ação na área social. O renda mínima é um componente. Só ele não resolve", disse o secretário Ortega.
Segundo o coordenador de projetos sociais de Marta, Márcio Pochmann, o objetivo da parceria é desenvolver uma nova política social.
Ele e Marta defendem que, em vez de haver um mesmo programa nos três níveis de governo (União, Estado e município), existam parcerias para aumentar a "eficiência" dos projetos sociais.
"Por que não trabalhar de forma conjunta? Sem isso, só vai existir o programa do partido A, B ou C e não o propósito de combater a pobreza e a exclusão social", disse Pochmann.
O coordenador afirmou que a impossibilidade de a parceria ser firmada com o governo do Estado não prejudicará a implantação do projeto na cidade, mas ele insistirá na proposta.
A avaliação da administração do PT é que a parceria com a União poderia render ao menos R$ 1 milhão ao município (para atender 90 mil famílias, a estimativa é que o programa de Marta precisaria de R$ 40 milhões).
Do governo Covas, não há previsão de quanto poderia ser repassado à prefeitura.
Há R$ 40 milhões reservados no Orçamento deste ano para o programa, que atende famílias em todo o Estado.
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