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08/01/2001
-
19h47
KARINE RODRIGUES
SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Secretaria de Segurança do Estado do Rio proibiu hoje a empresa Promo 3 de realizar a queima de fogos na abertura do Rock in Rio 3, na sexta-feira.
A empresa, responsável pelo show pirotécnico de réveillon em Copacabana, está sendo investigada pela polícia como suspeita pelo acidente com fogos de artifício na passagem do ano, quando uma pessoa morreu e 48 ficaram feridas.
Sócia da Promo 3, a empresária Patrícia Junqueira disse que, até as 19h de hoje, ainda não havia sido informada oficialmente sobre a proibição. "Só vou falar quando for oficial", disse.
A empresa, entretanto, diz que, se a suspensão for confirmada, irá recorrer à Justiça.
A organização do Rock in Rio também não havia sido avisada até as 19h.
A Secretaria de Segurança não deu detalhes sobre a proibição, informando apenas que ela foi resultado das investigações da polícia sobre o acidente.
O chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Álvaro Lins, havia anunciado que iria amanhã ao local onde acontecerá o Rock in Rio 3, em Jacarepaguá (zona oeste), para examinar os fogos, já instalados pela empresa. Com a suspensão, a vistoria foi suspensa.
Na manhã de hoje, Lins se reuniu com o delegado da 13ª DP (Delegacia de Polícia), Ivo Raposo, encarregado das investigações sobre a explosão. "Ele só queria saber como estava a investigação", disse Raposo.
Também participaram da reunião o diretor do Icce (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), Sérgio Henriques, e o diretor da Dfae (Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos), Fernando Oséas.
O laudo da perícia realizado nos fragmentos dos explosivos deve ficar pronto somente na próxima semana.
"É uma técnica demorada, pois é preciso realizar vários exames para determinar a natureza do material", disse Raposo.
Na tarde de hoje, o titular da 13ª DP ouviu o advogado George Tavares, da Brasitália _ a outra empresa suspeita de ser responsável pela explosão em Copacabana, além da Promo 3.
Tavares pediu ao delegado um prazo maior para apresentar as notas fiscais que especificam o material empregado nos fogos fabricados pela empresa. Raposo estendeu até quinta-feira o prazo para que a Brasitália prove que não usa PVC em seus fogos.
Ainda hoje, o delegado tentaria realizar perícia no apartamento da rua Djalma Ulrich, em Copacabana, onde foi gravado o vídeo mostrando o momento da explosão na noite de réveillon.
Leia mais notícias do Rock in Rio 3
Secretaria proíbe empresa de realizar queima de fogos no Rock in Rio
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SABRINA PETRY
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Secretaria de Segurança do Estado do Rio proibiu hoje a empresa Promo 3 de realizar a queima de fogos na abertura do Rock in Rio 3, na sexta-feira.
A empresa, responsável pelo show pirotécnico de réveillon em Copacabana, está sendo investigada pela polícia como suspeita pelo acidente com fogos de artifício na passagem do ano, quando uma pessoa morreu e 48 ficaram feridas.
Sócia da Promo 3, a empresária Patrícia Junqueira disse que, até as 19h de hoje, ainda não havia sido informada oficialmente sobre a proibição. "Só vou falar quando for oficial", disse.
A empresa, entretanto, diz que, se a suspensão for confirmada, irá recorrer à Justiça.
A organização do Rock in Rio também não havia sido avisada até as 19h.
A Secretaria de Segurança não deu detalhes sobre a proibição, informando apenas que ela foi resultado das investigações da polícia sobre o acidente.
O chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Álvaro Lins, havia anunciado que iria amanhã ao local onde acontecerá o Rock in Rio 3, em Jacarepaguá (zona oeste), para examinar os fogos, já instalados pela empresa. Com a suspensão, a vistoria foi suspensa.
Na manhã de hoje, Lins se reuniu com o delegado da 13ª DP (Delegacia de Polícia), Ivo Raposo, encarregado das investigações sobre a explosão. "Ele só queria saber como estava a investigação", disse Raposo.
Também participaram da reunião o diretor do Icce (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), Sérgio Henriques, e o diretor da Dfae (Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos), Fernando Oséas.
O laudo da perícia realizado nos fragmentos dos explosivos deve ficar pronto somente na próxima semana.
"É uma técnica demorada, pois é preciso realizar vários exames para determinar a natureza do material", disse Raposo.
Na tarde de hoje, o titular da 13ª DP ouviu o advogado George Tavares, da Brasitália _ a outra empresa suspeita de ser responsável pela explosão em Copacabana, além da Promo 3.
Tavares pediu ao delegado um prazo maior para apresentar as notas fiscais que especificam o material empregado nos fogos fabricados pela empresa. Raposo estendeu até quinta-feira o prazo para que a Brasitália prove que não usa PVC em seus fogos.
Ainda hoje, o delegado tentaria realizar perícia no apartamento da rua Djalma Ulrich, em Copacabana, onde foi gravado o vídeo mostrando o momento da explosão na noite de réveillon.
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