Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/01/2001 - 22h56

Cohab demite 69 comissionados

Publicidade

SÉRGIO DURAN
da Folha de S.Paulo

A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo, um dos maiores cabides de emprego do governo de Celso Pitta (PTN) _segundo acusação feita por vereador petista no ano passado_ recebeu, hoje, corte de menos de 10% do seu pessoal.

O secretário da Habitação, Paulo Teixeira, e o presidente da autarquia, Jorge Hereda, anunciaram a demissão de 69 pessoas que ocupavam cargos de confiança e ainda o congelamento de 40% (49) dos postos desse gênero.

A Cohab tem 124 pessoas que ocupam cargos de confiança e outros 600 celetistas (contratados pela CLT) _o que significa que não têm estabilidade de emprego como os funcionários públicos.

O congelamento implica que a próxima equipe da Cohab terá, entre gerentes, superintendentes e diretores, não mais do que 75 funcionários comissionados.

Isso é o que conseguimos fazer na primeira semana de análises", afirma Jorge Hereda.

De acordo com ele, o congelamento de cargos de confiança poderá chegar a 50%, e as demissões ainda não cessaram.

Entre os demitidos da Cohab, 53 eram assessores, 12 eram gerentes, e 4, superintendentes. Os salários variavam de R$ 4.000 a R$ 7.500.

Além disso, seis diretores, o vice-presidente, o presidente e seu chefe de gabinete tinham verba para refeições de R$ 1.500, cada um. A regalia foi cortada. Agora, os nove dividirão R$ 1.500.

Só as refeições renderam uma economia de R$ 144 mil anuais. O congelamento de cargos devolverá R$ 3,456 milhões aos cofres públicos.

Com esse valor, segundo Hereda, seria possível construir 103 apartamentos e 272 casas de mutirão, com infra-estrutura completa. Nos últimos dois anos, a Cohab construiu 184 unidades habitacionais.

Para Hereda, o corte "deve ter atendido às denúncias de funcionários com altos salários indicados por vereadores".

No ano passado, o vereador reeleito Carlos Neder (PT) entregou uma lista de 37 nomes ao Ministério Público de supostos funcionários indicados por parlamentares do PMDB, principalmente Myryam Athiê, ex-presidente da Cohab.

"Nós não tivemos como critério o corte, primeiro, desses nomes, e sim a própria reestruturação da empresa", diz Hereda.

A Folha apurou que os 37 funcionários seriam mantidos para cumprir acordo com a vereadora Myryam Athiê na eleição de José Eduardo Cardozo (PT) à presidência da Câmara. "Não há a menor recomendação de poupar alguém", garantiu o presidente da Cohab.

O secretário da Habitação afirma que a missão da nova presidência da Cohab é torná-la sadia financeiramente.

"Hoje, a prefeitura é obrigada a colocar R$ 1,8 milhões na autarquia por mês. Com a economia feita com os cortes, esse valor cairá cerca de 20%."

Clique aqui para ler mais notícias sobre a gestão Marta Suplicy
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página