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12/01/2001
-
04h08
ALENCAR IZIDORO e JOÃO CARLOS SILVA, da Folha de S.Paulo
A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), disse ontem que não deixará o Fura-fila como "esqueleto", apesar de ter ficado "indignada" ao saber que as obras custarão 58% mais que o previsto pela administração Celso Pitta.
"Fiquei muito indignada. A população toda foi enganada. É mais uma obra de enganação da dupla Pitta-Maluf. Mas esqueleto em meu governo não vai ter."
O presidente da SPTrans, Carlos Alberto Carmona, afirmou anteontem à Folha que os gastos com 8,5 km do Fura-fila, do parque Dom Pedro (centro) ao Sacomã (zona sudeste), custarão R$ 230 milhões. Essa estimativa foi passada pela antiga diretoria da SPTrans. Em 98, a previsão de gasto era de R$ 146 milhões.
O secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, disse que as obras, paradas desde novembro, serão retomadas após a liberação de financiamento do BNDES. A prefeitura espera obter R$ 266 milhões até o fim de fevereiro.
Ele sugeriu a possibilidade de ter havido superfaturamento na obra do Fura-fila. Os contratos já estão sendo revistos por técnicos da secretaria. "Foi contratado um projeto básico, geral, em que você não consegue detalhar o que tem que ser feito", disse. "Isso é uma forma tradicional de superfaturar projetos aqui no Brasil."
Outro lado
O ex-secretário dos Transportes Getúlio Hanashiro disse que a previsão de R$ 146 milhões foi feita quando "não havia ainda um valor muito exato" do custo.
O ex-presidente da SPTrans Luiz Flaviano Furtado atribuiu a elevação do preço a imprevistos. Sobre a insinuação de superfaturamento, Furtado respondeu: "Se eu falar que está superfaturada, seria leviandade da minha parte. Se eu falar que não, eu estaria enganado porque não sou técnico nesse assunto. O certo seria, talvez, criar uma auditoria e ver".
O ex-prefeito Paulo Maluf disse que a afirmação de Marta é "leviana, mentirosa e prenúncio da administração catastrófica que ela fará". A Folha não localizou o ex-prefeito Celso Pitta, que está em Miami. O ex-secretário da Comunicação Antenor Braido não respondeu às ligações.
"Não deixarei esqueleto", afirma prefeita
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A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), disse ontem que não deixará o Fura-fila como "esqueleto", apesar de ter ficado "indignada" ao saber que as obras custarão 58% mais que o previsto pela administração Celso Pitta.
"Fiquei muito indignada. A população toda foi enganada. É mais uma obra de enganação da dupla Pitta-Maluf. Mas esqueleto em meu governo não vai ter."
O presidente da SPTrans, Carlos Alberto Carmona, afirmou anteontem à Folha que os gastos com 8,5 km do Fura-fila, do parque Dom Pedro (centro) ao Sacomã (zona sudeste), custarão R$ 230 milhões. Essa estimativa foi passada pela antiga diretoria da SPTrans. Em 98, a previsão de gasto era de R$ 146 milhões.
O secretário dos Transportes, Carlos Zarattini, disse que as obras, paradas desde novembro, serão retomadas após a liberação de financiamento do BNDES. A prefeitura espera obter R$ 266 milhões até o fim de fevereiro.
Ele sugeriu a possibilidade de ter havido superfaturamento na obra do Fura-fila. Os contratos já estão sendo revistos por técnicos da secretaria. "Foi contratado um projeto básico, geral, em que você não consegue detalhar o que tem que ser feito", disse. "Isso é uma forma tradicional de superfaturar projetos aqui no Brasil."
Outro lado
O ex-secretário dos Transportes Getúlio Hanashiro disse que a previsão de R$ 146 milhões foi feita quando "não havia ainda um valor muito exato" do custo.
O ex-presidente da SPTrans Luiz Flaviano Furtado atribuiu a elevação do preço a imprevistos. Sobre a insinuação de superfaturamento, Furtado respondeu: "Se eu falar que está superfaturada, seria leviandade da minha parte. Se eu falar que não, eu estaria enganado porque não sou técnico nesse assunto. O certo seria, talvez, criar uma auditoria e ver".
O ex-prefeito Paulo Maluf disse que a afirmação de Marta é "leviana, mentirosa e prenúncio da administração catastrófica que ela fará". A Folha não localizou o ex-prefeito Celso Pitta, que está em Miami. O ex-secretário da Comunicação Antenor Braido não respondeu às ligações.
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