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12/01/2001 - 04h26

Anhembi poupa graúdo e demite boy

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do Agora São Paulo

Na lista de corte de funcionários do Anhembi constam guardinhas, secretárias, motoristas e pessoal de segurança. Servidores concursados que ganham cerca de R$ 500.

Em compensação, estão na empresa comissionados graúdos, indicados por critérios políticos. Alguns apadrinhados da gestão passada ainda estão selecionando os nomes dos demitidos.

É o caso de Wilson Carlos Viveiros, que segundo o vereador Cláudio Fonseca (PC do B), teria ganhos na faixa dos R$ 9 mil e Waldimir dos Santos de Souza Nunes, chefe do setor de infra-estrutura, que ganharia cerca de R$ 5 mil.

O presidente do Anhembi Turismo e Eventos, Eduardo Sanovicz, anunciou na última terça-feira a dispensa de cerca de 160 funcionários como parte dos procedimentos para o enxugamento da empresa.

"Foi tudo um golpe de marketing", diz Nilson Vieira da Costa, 21 anos, funcionário concursado, mas contratado sob o regime da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), ou seja, sem estabilidade.

Como office-boy ganhava cerca de R¹ 500. "Pensei que primeiro iriam embora diretores, gerentes e outros que entraram por apadrinhamento. Não é justo", comenta.

Nilson mora em Guarulhos em uma pequena casa junto com o pai, a mãe, mais quatro irmãos e um sobrinho. Ele e a irmã mais velha dividem as despesas da casa.

Pior para Rafael Nery, também demitido na terça-feira. Foi obrigado a suspender a matrícula da faculdade por não ter dinheiro para pagar. Nem o salário do mês de janeiro ele recebeu.

Já Marina de Souza Leal reclama que foi demitida via telegrama. Concursada, Marina era secretária e ganhava R$ 850. "Tenho certeza que fui demitida apenas por não ter nenhuma indicação", afirma.

De acordo com ela, o Anhembi ainda estaria readmitindo pessoal. Ela citou pelo menos três funcionários que foram demitidos, mas por pedidos acabaram retornando ao cargo.
(Roberto Cardinalli)
 

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