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12/01/2001
-
20h24
FABIANE LEITE
da Folha Online
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Eduardo Jorge, baixou portaria hoje acabando com as indicações de diretores de módulos do PAS (Plano de Assistência à Saúde) feitas por cooperativas do sistema.
Conforme havia prometido, Jorge também extinguiu jeton que os integrantes dos conselhos de gestão do PAS tinham direito. Cálculo inédito divulgado hoje pela secretaria aponta que os jetons custavam em torno de R$ 900 mil por ano ao município, dinheiro suficiente para manter três postos de saúde bem abastecidos e com quadro completo de funcionários durante um mês.
O PAS é um sistema criado na administração de Paulo Maluf, em 1995, em que atualmente quatro entidades privadas, cooperativas, responsáveis por módulos regionalizados, controlam 96 unidades de saúde e 13 hospitais em São Paulo, utilizando R$ 40 milhões mensais repassados pela prefeitura
A nova administração pretende extinguir o sistema.
Prerrogativa
Com a portaria, Jorge terá prerrogativa de escolher os diretores do PAS, que são representantes da secretaria nos módulos. Antes, as indicações destes dirigentes, na prática, eram das cooperativas. Elas enviavam uma lista tríplice ao secretário. A partir desta lista, o secretário definia um nome. "Embora indicado pelo secretário, era uma pessoa de confiança das cooperativas", afirmou Henrique Carlos Gonçalves, coordenador do modelo cooperativado na secretaria.
As cooperativas do PAS são investigadas por suspeita de superfaturamento, entre outras irregularidades.
Gonçalves afirmou que podem haver trocas dos atuais diretores dos módulos caso sejam encontradas irregularidades. A secretaria já prepara a licitação para contratar uma empresa que realizará auditoria financeira e patrimonial no PAS.
O secretário também nomeou quatro coordenadores regionais _ os sanitaristas Rubens Kon, Waldemar Mourikami, Emílio Telesi Júnior e Romualdo Osório Corrêa _para fiscalizar "in loco" as unidades do PAS. Cada um deles terá uma equipe de dez auxiliares.
O primeiro relatório dos coordenadores deve sair em quinze dias
Bom salário
Segundo Gonçalves, cada um dos 15 integrantes dos quatro conselhos de gestão dos módulos do PAS recebia R$ 300 por reunião que participava. Em média, ocorre uma reunião a cada semana. "Era um bom salário", ironizou o coordenador.
A partir de agora, os conselheiros _ que são funcionários da secretaria, usuários do PAS e representantes das cooperativas _ terão cargos honoríficos e não receberão nada para fazer parte dos grupos. Membros do Conselho Municipal da Saúde também poderão fazer parte dos conselhos.
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Secretaria da Saúde de SP acaba com indicações na diretoria do PAS
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da Folha Online
O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Eduardo Jorge, baixou portaria hoje acabando com as indicações de diretores de módulos do PAS (Plano de Assistência à Saúde) feitas por cooperativas do sistema.
Conforme havia prometido, Jorge também extinguiu jeton que os integrantes dos conselhos de gestão do PAS tinham direito. Cálculo inédito divulgado hoje pela secretaria aponta que os jetons custavam em torno de R$ 900 mil por ano ao município, dinheiro suficiente para manter três postos de saúde bem abastecidos e com quadro completo de funcionários durante um mês.
O PAS é um sistema criado na administração de Paulo Maluf, em 1995, em que atualmente quatro entidades privadas, cooperativas, responsáveis por módulos regionalizados, controlam 96 unidades de saúde e 13 hospitais em São Paulo, utilizando R$ 40 milhões mensais repassados pela prefeitura
A nova administração pretende extinguir o sistema.
Prerrogativa
Com a portaria, Jorge terá prerrogativa de escolher os diretores do PAS, que são representantes da secretaria nos módulos. Antes, as indicações destes dirigentes, na prática, eram das cooperativas. Elas enviavam uma lista tríplice ao secretário. A partir desta lista, o secretário definia um nome. "Embora indicado pelo secretário, era uma pessoa de confiança das cooperativas", afirmou Henrique Carlos Gonçalves, coordenador do modelo cooperativado na secretaria.
As cooperativas do PAS são investigadas por suspeita de superfaturamento, entre outras irregularidades.
Gonçalves afirmou que podem haver trocas dos atuais diretores dos módulos caso sejam encontradas irregularidades. A secretaria já prepara a licitação para contratar uma empresa que realizará auditoria financeira e patrimonial no PAS.
O secretário também nomeou quatro coordenadores regionais _ os sanitaristas Rubens Kon, Waldemar Mourikami, Emílio Telesi Júnior e Romualdo Osório Corrêa _para fiscalizar "in loco" as unidades do PAS. Cada um deles terá uma equipe de dez auxiliares.
O primeiro relatório dos coordenadores deve sair em quinze dias
Bom salário
Segundo Gonçalves, cada um dos 15 integrantes dos quatro conselhos de gestão dos módulos do PAS recebia R$ 300 por reunião que participava. Em média, ocorre uma reunião a cada semana. "Era um bom salário", ironizou o coordenador.
A partir de agora, os conselheiros _ que são funcionários da secretaria, usuários do PAS e representantes das cooperativas _ terão cargos honoríficos e não receberão nada para fazer parte dos grupos. Membros do Conselho Municipal da Saúde também poderão fazer parte dos conselhos.
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