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15/01/2001
-
04h55
da Folha de S.Paulo
Moradores de rua ouvidos pela Folha apoiaram a colocação de banheiros nos viadutos, disseram querer o emprego de zelador, mas pediram rede de água e esgoto.
Para o instalador de cabo telefônico Evaldo Luís Lopes, 32, que mora com a mulher há três anos debaixo do viaduto Pacheco Chaves (zona leste), banheiro não vai acabar com o esgoto a céu aberto.
"Vão continuar jogando lixo e água suja da lavagem de panelas e roupas", afirmou ele, que diz utilizar a rua como banheiro e tomar banho de caneca.
O garçom desempregado Valdomiro Félix da Silva, 45, mora debaixo do Minhocão (região central) e disse que vai fazer o máximo para ficar com o emprego de zelador. "Sonho em ter uma casinha e trabalho para buscar meus filhos", afirmou Silva.
Ele diz que os filhos, de 5 e 7 anos, estão numa instituição conveniada do Estado pois não pode criá-los, e a ex-mulher perdeu a guarda por ter sido presa por tráfico. Valdomiro disse que ganha R$ 30 por semana catando papel.
Sueli Helena Martins, 30, que mantém um bar no viaduto Pacheco Chaves, pede esgoto. "Se tiver a rede, cada um faz e cuida do seu banheiro", disse ela.
O secretário da Assistência Social, Evilásio Farias, disse que não é essa a intenção. "Não vamos fazer moradia debaixo dos viadutos. Não vamos estender a rede."
O catador de papel Gilberto dos Santos, 40, mora nas ruas há cinco meses, desde que chegou de Barretos. "Como zelador, iria viver melhor", disse.
(EM)
População quer emprego e esgoto
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Moradores de rua ouvidos pela Folha apoiaram a colocação de banheiros nos viadutos, disseram querer o emprego de zelador, mas pediram rede de água e esgoto.
Para o instalador de cabo telefônico Evaldo Luís Lopes, 32, que mora com a mulher há três anos debaixo do viaduto Pacheco Chaves (zona leste), banheiro não vai acabar com o esgoto a céu aberto.
"Vão continuar jogando lixo e água suja da lavagem de panelas e roupas", afirmou ele, que diz utilizar a rua como banheiro e tomar banho de caneca.
O garçom desempregado Valdomiro Félix da Silva, 45, mora debaixo do Minhocão (região central) e disse que vai fazer o máximo para ficar com o emprego de zelador. "Sonho em ter uma casinha e trabalho para buscar meus filhos", afirmou Silva.
Ele diz que os filhos, de 5 e 7 anos, estão numa instituição conveniada do Estado pois não pode criá-los, e a ex-mulher perdeu a guarda por ter sido presa por tráfico. Valdomiro disse que ganha R$ 30 por semana catando papel.
Sueli Helena Martins, 30, que mantém um bar no viaduto Pacheco Chaves, pede esgoto. "Se tiver a rede, cada um faz e cuida do seu banheiro", disse ela.
O secretário da Assistência Social, Evilásio Farias, disse que não é essa a intenção. "Não vamos fazer moradia debaixo dos viadutos. Não vamos estender a rede."
O catador de papel Gilberto dos Santos, 40, mora nas ruas há cinco meses, desde que chegou de Barretos. "Como zelador, iria viver melhor", disse.
(EM)
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