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22/01/2001
-
04h16
da Folha de S.Paulo
Com o objetivo de apurar os mecanismos utilizados pelos barraqueiros para não sofrer fiscalização da prefeitura, a reportagem da Folha alugou uma "pedra" na feira clandestina do parque D. Pedro 2º por R$ 40 semanais.
Trata-se de um espaço de 4 m2 na esquina com a rua Cantareira, demarcado pelo início da faixa de pedestres e pelo cano instalado no asfalto pela barraca ao lado.
De acordo com os barraqueiros, é uma "pedra" desvalorizada por ficar perto da esquina, na frente de um bueiro e não ter uma mercadoria específica.
As barracas mais próximas da esquina precisam ter profundidade menor, para não atrapalhar os veículos -principalmente ônibus e caminhões- nas curvas.
A proximidade com o bueiro causa mau cheio e alto índice de baratas na barraca.
O fato de a "pedra" não ter uma mercadoria específica significa que não tem clientela fixa e que o locatário do espaço somente poderá vender um produto novo.
A reportagem da Folha decidiu montar uma barraca para vender flores. Nenhuma barraca comercializa o produto no local.
O primeiro passo foi procurar os barraqueiros para saber como seria possível ter um ponto. Eles indicaram Gilberto, que vende abacaxis, mangas e mamões.
Paraibano de Campina Grande, 21 anos, morador de São Paulo há dois, ele é direto: "Tem uma "pedra" aí do lado. Não é minha, mas está na minha responsabilidade (sic). Sai R$ 40 por semana, pagamento adiantado."
Como o trabalho começaria em uma quinta-feira, houve desconto do aluguel daquela semana -ficou por R$ 20. Fechado o negócio, a venda de flores começou no dia 11 e terminou no dia 16. Poucos se interessaram pelas rosas vendidas por R$ 5 a dúzia. O faturamento não chegou a R$ 60 -valor inferior ao custo das flores.
Na última segunda-feira, Luís Cabelo, presidente da associação do parque D. Pedro 2º, disse ser ele o verdadeiro dono da "pedra".
Espaço em feira é alugado por R$ 40 semanais
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Com o objetivo de apurar os mecanismos utilizados pelos barraqueiros para não sofrer fiscalização da prefeitura, a reportagem da Folha alugou uma "pedra" na feira clandestina do parque D. Pedro 2º por R$ 40 semanais.
Trata-se de um espaço de 4 m2 na esquina com a rua Cantareira, demarcado pelo início da faixa de pedestres e pelo cano instalado no asfalto pela barraca ao lado.
De acordo com os barraqueiros, é uma "pedra" desvalorizada por ficar perto da esquina, na frente de um bueiro e não ter uma mercadoria específica.
As barracas mais próximas da esquina precisam ter profundidade menor, para não atrapalhar os veículos -principalmente ônibus e caminhões- nas curvas.
A proximidade com o bueiro causa mau cheio e alto índice de baratas na barraca.
O fato de a "pedra" não ter uma mercadoria específica significa que não tem clientela fixa e que o locatário do espaço somente poderá vender um produto novo.
A reportagem da Folha decidiu montar uma barraca para vender flores. Nenhuma barraca comercializa o produto no local.
O primeiro passo foi procurar os barraqueiros para saber como seria possível ter um ponto. Eles indicaram Gilberto, que vende abacaxis, mangas e mamões.
Paraibano de Campina Grande, 21 anos, morador de São Paulo há dois, ele é direto: "Tem uma "pedra" aí do lado. Não é minha, mas está na minha responsabilidade (sic). Sai R$ 40 por semana, pagamento adiantado."
Como o trabalho começaria em uma quinta-feira, houve desconto do aluguel daquela semana -ficou por R$ 20. Fechado o negócio, a venda de flores começou no dia 11 e terminou no dia 16. Poucos se interessaram pelas rosas vendidas por R$ 5 a dúzia. O faturamento não chegou a R$ 60 -valor inferior ao custo das flores.
Na última segunda-feira, Luís Cabelo, presidente da associação do parque D. Pedro 2º, disse ser ele o verdadeiro dono da "pedra".
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