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30/01/2001 - 04h13

Frota precária prejudica ronda escolar

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da Folha de S.Paulo

Com apenas 87 dos 351 dos veículos da frota em condições de uso, a Guarda Civil admite que não conseguirá fazer a ronda escolar em todas as 1.591 unidades da rede municipal de ensino a partir do dia 8, início das aulas.

O comandante da guarda, coronel Josias Sampaio Lopes, disse estar trabalhando na elaboração do plano de segurança múltipla, que visa contar com o apoio das Polícias Civil e Militar nas operações de ronda escolar.

"Vai ser difícil. Estamos fazendo reuniões com as mães dos alunos para explicar nossa situação", afirma o comandante.

Segundo levantamento da própria guarda, a violência nas escolas municipais bateu recorde no ano passado, chegando a 81,5% a mais do que em 1999 nos casos de agressão, furto, atentado ao pudor e entorpecentes.

De acordo com o comandante, os carros mais novos da Guarda Civil foram comprados em 1995, durante a administração Maluf. Para ele, a garagem que concentra a maior parte da frota sucateada da corporação é um verdadeiro cemitério de veículos.

Segundo o inspetor Francisco Marino, a garagem da GC é consequência de um erro de estrutura da própria prefeitura que vem se arrastando há anos. "Nós não temos mecânicos em nosso quadro. Temos que deslocar guardas para trabalhar no conserto dos carros."

O inspetor disse que a GC precisaria de R$ 5 milhões para renovar a frota, mas só dispõe de R$ 500 mil no orçamento deste ano.

Os guardas contam que, se não fosse a ajuda de pessoas da comunidade que doam equipamentos e a iniciativa deles mesmos, que pagam pelos consertos com o próprio dinheiro, a situação dos carros da GC seria bem pior.

Mas os problemas da GC não param por aí. O sistema de comunicação por rádio, segundo informações dos guardas, funciona muito precariamente.

Um deles conta que em 1994 estava em uma perseguição quando houve troca de tiros e os bandidos jogaram uma granada em direção ao carro da guarda.

"Fui alvejado e tentei pedir apoio pelo rádio, mas a comunicação estava cheia de falhas. O socorro demorou horas para chegar." O guarda afirma
que, desde então, a qualidade do sistema de comunicação só piorou.

O sucateamento da frota de veículos da prefeitura tem consequências diretas na vida dos cidadãos. Nas regionais, os serviços como limpeza de córregos e fiscalização de obras ficam prejudicados. Na CET, o problema afeta principalmente as remoções de veículos pelos guinchos.
(MELISSA DINIZ)

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