Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/02/2001 - 09h43

Reportagem simulou visitas a entidades e associações em SP

Publicidade

SÉRGIO DURAN
FLÁVIA DE LEON

da Folha de S.Paulo

A reportagem da Folha recebeu a informação de que o Ministério Público investigava 40 concessões e permissões de uso de áreas públicas havia um ano.

Dessa informação surgiu a idéia de fazer o mesmo tipo de trabalho, com a adoção de critérios semelhantes.

Primeiro, a reportagem foi à Imprensa Oficial do Estado e comprou cópias dos relatórios de áreas públicas cedidas em concessão ou permissão de uso gratuita.

Foram então selecionadas 20 áreas dentre as que estão em poder de entidades ou associações privadas com fins lucrativos.

A exemplo do Ministério Público, a Folha não analisou os terrenos cedidos a entidades que guardem relação com ações sociais e comunitárias.

Também foram excluídos os locais relacionados com atividades culturais, como escolas de samba.

Levantamento concluído, a Folha passou ao trabalho de campo. Os locais escolhidos foram visitados pessoalmente.

Em alguns casos, a reportagem simulou interesse em adquirir títulos ou participar de atividades comunitárias gratuitas.

O Clube Alto de Pinheiros e o Círculo Militar são dois exemplos.

A intenção era obter de funcionários administrativos informações a respeito das atividades comunitárias exigidas em lei, que, no caso, poderiam ser omitidas ou superestimadas pelas diretorias.

Uma área foi excluída, a que foi cedida à Fiel Torcida Jovem _ Camisa 12. Localizada no bairro da Mooca (zona sudeste de São Paulo), com área de 5.780 m2, a área foi concedida em permissão de uso para construção de uma praça de esportes.

O decreto, assinado pelo então prefeito Mário Covas (PSDB), não previa contrapartida da entidade.

Ao visitar o local, a Folha constatou que a Fiel mantém um serviço comunitário: estimula as crianças da região a estudar quando permite que frequentem a escolinha de futebol criada para os filhos dos associados.

Se a criança não estuda, uma taxa de R$ 5 é cobrada.

Depois da visita, a reportagem passou a procurar os responsáveis pelas entidades e associações.

Alguns locais, como a Associação Brasileira dos Oficiais da Reserva do Exército e a Rádio Atual, foram visitados duas vezes para comprovar as explicações fornecidas pelos diretores.

Algumas informações sobre a programação social desenvolvida com a prefeitura tiveram de ser checadas nas secretarias.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página