Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/02/2001 - 17h41

Para Marta, ministro será beneficiado por mudança no Bolsa-Escola

Publicidade

FABIANE LEITE
da Folha Online

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), afirmou que o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, será beneficiado eleitoralmente pelas mudanças no programa Bolsa-Escola, que prevê complementação de renda para famílias carentes com filhos na escolas.

Ontem, Souza e o presidente Fernando Henrique Cardoso anunciaram a ampliação do programa para grandes cidades, incluindo São Paulo, e alteração na forma de pagamento.

Em vez da prefeitura repassar o dinheiro para os beneficiados pela iniciativa, as famílias poderão fazer saques diretamente do banco por meio de um cartão magnético com os logotipos do governo federal e do MEC (Ministério da Educação).

"Sei que o Paulo Renato é candidato a presidente e quer um cartãozinho escrito MEC. Mas não é isso. O que importa é que a população tenha a potencialização desse recursos para que possam ser atendidos de maneira mais simples", afirmou a prefeita, durante entrevista coletiva no início da tarde, após visita à Administração Regional de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade.

Marta ainda aproveitou para alfinetar o governo federal, destacando que o R$ 1,7 bilhão que serão destinados ao Bolsa-Escola neste ano no país foram garantidos com a ajuda do PT.

"O R$ 1,7 bilhão desse projeto que vai permitir esse encaminhamento (a ampliação) não veio da benesse do governo, veio do esforço muito grande da oposição no fundo de combate à pobreza e principalmente do PT para colocar carimbado esse dinheiro para o Renda Mínima (nome do projeto de complementação de renda do município)", afirmou a prefeita.

Colchão social

Marta quer que a União, o Estado e o município unifiquem suas iniciativas de complementação de renda em São Paulo, com a criação de um fundo.

Assim, de acordo com ela, seria necessário apenas um cartão magnético, com os logotipos das três esferas de governo, para que o beneficiado pelo programa sacasse o dinheiro.

A prefeita disse que pretende criar um "colchão social"para as famílias de baixa renda, com programas de alfabetização e microcrédito, para evitar que elas dependam para sempre do Bolsa Escola.

Para isso, estuda até diminuir a verba do Renda Mínima para beneficiar outros projetos sociais.

Mais uma vez, a prefeita cobrou do governo do Estado auxílio financeiro ao Renda Mínima. O governo estadual vem negando os pedidos, alegando que tem de privilegiar projetos próprios.

"O governo, como tem apregoado que fez seu ajuste fiscal, está com recurso. Ele pode fazer os dois", disse Marta.

Qualis

A prefeita afirmou ainda que tem a intenção de assumir o programa de saúde da família Qualis, sob o comando do governo estadual e uma das principais bandeiras de campanha dos tucanos no Estado. No entanto, disse que isso não ocorrerá a curto prazo.

A prefeitura deve iniciar em abril o processo de municipalização da saúde, que prevê o repasse de unidades do governo estadual para serem administradas pelo município.

"A questão do Qualis virá para o município, mas não precisa ser agora", disse a prefeita.

Durante a visita a São Miguel Paulista, Marta teve encontro com o bispo da arquidiocese da região, D. Fernando Legal, com quem discutiu parceria na área de atendimento a sem tetos.

Segundo Marta, a regional tem muitos problemas. Ela afirmou que pretende começar a regularizar terrenos ocupados ilegalmente na área.

E-mail: painel do webleitor

Clique aqui para ler mais notícias sobre a gestão Marta Suplicy
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página