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15/02/2001 - 22h21

Prefeitura de SP ameaça intervir no módulo leste do Sims

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MELISSA DINIZ
da Folha de S.Paulo

A redução no número de atendimentos nos hospitais e postos de saúde da zona leste, vinculados ao Sims (Sistema Integrado Municipal de Saúde), fez a prefeitura anunciar que deve intervir no módulo leste.

Descontos de 30% nos salários dos funcionários da cooperativa resultaram em descontentamento dos médicos e prejuízo para a população.

Hoje, funcionários cooperados que atuam no Hospital Tide Setúbal, em São Miguel Paulista, diminuíram de 600 para 100 o número de atendimentos.

Os doentes aguardavam até seis horas por uma consulta. Nos postos Júlio Tupy, Atualpa e São Carlos, eles não estavam sendo atendidos.

No mês passado, um comunicado que circulou no hospital (ao qual a Folha teve acesso) alegava que, com a diminuição da verba pela prefeitura, os cooperados receberiam apenas 90% do salário.

O resto seria repassado do dia 25 do mês passado, segundo José Fernando Pontes, presidente da cooperativa que atende o módulo.

Neste mês, um novo comunicado informou aos cooperados que haveria outra redução dos salários, agora de 20%, que seriam pagos mediante a segunda remessa de fevereiro, paga no final do mês.

A reportagem procurou José Fernando Pontes, que alegou que o corte nos salários se deve à redução da verba pela prefeitura.

No mês passado, a prefeitura anunciou um corte na verba das cooperativas, reduzindo de R$ 40 milhões para R$ 36 milhões o dinheiro repassado.

O médico Henrique Carlos Gonçalves, responsável por uma comissão que analisa a situação dos módulos do Sims para a prefeitura, disse que a redução não justifica corte nos salários.

"Fizemos uma adequação da verba, pois percebemos que o valor repassado era superestimado. (...) A cooperativa deve rever os contratos com fornecedores e não cortar salários", disse.

Gonçalves afirmou que, se for verificado o prejuízo para a população, a prefeitura vai tomar medidas drásticas e intervir na zona leste, como já está fazendo no módulo central desde janeiro.

Desavisadas do protesto do médicos, dezenas de pessoas aglomeravam-se na sala de espera e na frente do hospital Tide Setúbal.

O perueiro Jackson dos Santos, 38, que está com um tumor no joelho, reclamava de dor e de estar esperando por cinco horas. "Nós não temos culpa que eles não receberam o salário. Se não for atendido, vou fazer um escândalo."

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