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19/02/2001 - 09h04

Reféns de Itirapina são liberados

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MÁRIO TONOCCHI
da Folha Online, em Campinas

Aproximadamente 200 reféns da Penitenciária 2 de Itirapina (217 km de São Paulo), foram libertados no início da manhã de hoje pelos presos rebelados.

Os reféns saíram da penitenciária em ônibus. Segundo a polícia, todos as pessoas liberadas passam bem.

A Polícia Militar continua em frente ao presídio enquanto aguarda negociações para entrar na penitenciária

A região de Campinas também registrou rebeliões na cadeias públicas da própria cidade, em Americana, Itirapina, Itapira e Mogi Mirim.

Em Campinas (99 km de São Paulo), o tenente-coronel do 8º Batalhão da Polícia Militar, Lúcio Ricardo Oliveira, informou que a rebelião na cadeia pública do São Bernardo está controlada.

Segundo o tenente, o comando do Batalhão de Choque da PM negociou com os detentos e os 167 parentes e o agente penitenciário que estavam mantidos reféns serão libertados.Todos os 565 detentos da cadeia participavam do motim.

Os líderes do movimento em Campinas foram os detentos Newton Santos Novaes e Eriovaldo Aparecido de Lima, ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Os dois foram transferidos.

A rebelião na Penitenciária 2 do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia foi tensa e somente terminou depois de quase oito horas de negociação, às 21h30 de ontem.

Os cerca de 600 detentos amotinados mantiveram oito agentes penitenciários como reféns, que foram libertados depois de um acordo com a direção do presídio.

Depois de controlado o motim pela polícia, cerca de 20 familiares de detentos, que optaram por permanecer no interior da penitenciária temendo a morte dos presos, também decidiram sair.

Os oito agentes penitenciários que foram mantidos como reféns dos detentos rebelados da Penitenciária 2 não foram maltratados, de acordo com o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Campinas e Região, João Rinaldo Machado.

Os outros 600 presos da P-1 e os cerca de 800 da P-3 também aderiram a rebelião estadual, mas não fizeram reféns. A situação, hoje pela manhã, segundo a Polícia Militar, é tranquila.

Na Cadeia de Americana (156 km de São Paulo), a revolta começou no final da tarde de ontem, mas não atingiu grandes proporções. Ninguém ficou ferido.

Os presos aproveitaram o momento de encerramento do horário de visitas para não retornar às celas. As cerca de 60 pessoas que chegaram a ficar como reféns eram todos familiares dos presos.

Não houve informação de que algum agente penitenciário tenha sido dominado. A Cadeia Pública de Americana tem hoje 180 presos para uma capaciade de 40.

Em Itapira (170 km de São Paulo) os detentos da cadeia fizeram um buraco na parede de uma das celas, mas a tentativa de fuga foi flagrada por funcionários da unidade.

A vistoria na cadeia foi feita ontem à noite. O presídio de Itapira tem capacidade para 32 presos mas abriga 120.

Segundo a Polícia Militar de Mogi Mirim (157 km de São Paulo) os 120 detentos da cadeia da cidade também se rebelaram no início da noite de ontem mas a situação foi controlada rapidamente pela Polícia Militar.

Leia especial sobre a rebelião
 

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