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19/02/2001
-
20h20
EDMILSON ZANETTI
ELIANE SILVA
da Agência Folha
A disseminação do PCC pelo interior de São Paulo aconteceu a partir de 1998, com a construção de 21 novas penitenciárias e transferência de quase 20 mil presos da capital, segundo diretores das unidades rebeladas.
Na Penitenciária 2 de Pirajuí, pelo menos 10% dos cerca de 800 rebelados são ligados à facção, segundo o coronel PM Cid Monteiro de Barros.
Os presos decapitaram um colega de cela e hoje libertaram 12 agentes penitenciários e 165 familiares, depois da entrada da tropa de choque da PM. Um grupo de 17 membros da facção pedia transferência.
Na sexta-feira passada, a direção do presídio de Avaré descobriu o plano da rebelião de domingo e transferiu 30 integrantes do PCC para outras dez unidades.
Sobraram 15 "soldadinhos", como eles chamam os que não exercem papel de liderança. Os 140 familiares e 17 agentes penitenciários tomados como reféns foram soltos ontem.
A Penitenciária de Marília abriga cerca de 40 integrantes do PCC. Munido de um celular, um dos rebelados, que se apresentava como "Marco do PCC", disse para jornalistas que o protesto era em solidariedade com o comando de São Paulo e que não haveria violência.
Os 805 rebelados soltaram hoje de manhã oito agentes e 247 visitantes mantidos como reféns.
TV
Na penitenciária de Presidente Bernardes, o motim começou por volta das 15h de ontem. "Eles souberam mesmo pela TV e decidiram se solidarizar com o movimento", disse Hélio Reis, 51, diretor do local.
Três agentes e 95 parentes de presos, entre eles 28 crianças, ficaram como reféns até as 10h de hoje, quando a tropa da choque da Polícia Militar entrou no presídio. Não houve confronto.
Em Assis, os presidiários chegaram a negociar com a direção da cadeia o início do movimento, por volta das 16h. Não houve reféns, já que os visitantes foram retirados da unidade logo depois que a TV noticiou o início da rebelião em São Paulo.
Os 770 presos voltaram para as celas por volta das 10h30 de hoje espontaneamente.
Na Penitenciária de Presidente Venceslau, 140 dos 740 presos se rebelaram por volta das 15h de ontem.
"Não houve reféns porque os agentes conseguiram fugir e as visitas já tinham sido retiradas por precaução", diz o diretor Carlos Panucchi, 48. O movimento foi controlado por volta das 20h.
Em Mirandópolis, os policiais usaram bombas de efeito moral para pôr fim à rebelião às 19h de domingo, sete horas depois do início da revolta.
Nove dos 280 visitantes ficaram como reféns. Três presos feridos levemente foram atendidos na Santa Casa de Mirandópolis. Uma refém grávida, em estado de choque, também foi encaminhada ao hospital.
A penitenciária tem cerca de 25 presos do PCC, segundo o diretor Alceu Paulo Faisting, 48.
Leia especial sobre a rebelião
Disseminação do PCC pelo interior de SP aconteceu a partir de 98
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ELIANE SILVA
da Agência Folha
A disseminação do PCC pelo interior de São Paulo aconteceu a partir de 1998, com a construção de 21 novas penitenciárias e transferência de quase 20 mil presos da capital, segundo diretores das unidades rebeladas.
Na Penitenciária 2 de Pirajuí, pelo menos 10% dos cerca de 800 rebelados são ligados à facção, segundo o coronel PM Cid Monteiro de Barros.
Os presos decapitaram um colega de cela e hoje libertaram 12 agentes penitenciários e 165 familiares, depois da entrada da tropa de choque da PM. Um grupo de 17 membros da facção pedia transferência.
Na sexta-feira passada, a direção do presídio de Avaré descobriu o plano da rebelião de domingo e transferiu 30 integrantes do PCC para outras dez unidades.
Sobraram 15 "soldadinhos", como eles chamam os que não exercem papel de liderança. Os 140 familiares e 17 agentes penitenciários tomados como reféns foram soltos ontem.
A Penitenciária de Marília abriga cerca de 40 integrantes do PCC. Munido de um celular, um dos rebelados, que se apresentava como "Marco do PCC", disse para jornalistas que o protesto era em solidariedade com o comando de São Paulo e que não haveria violência.
Os 805 rebelados soltaram hoje de manhã oito agentes e 247 visitantes mantidos como reféns.
TV
Na penitenciária de Presidente Bernardes, o motim começou por volta das 15h de ontem. "Eles souberam mesmo pela TV e decidiram se solidarizar com o movimento", disse Hélio Reis, 51, diretor do local.
Três agentes e 95 parentes de presos, entre eles 28 crianças, ficaram como reféns até as 10h de hoje, quando a tropa da choque da Polícia Militar entrou no presídio. Não houve confronto.
Em Assis, os presidiários chegaram a negociar com a direção da cadeia o início do movimento, por volta das 16h. Não houve reféns, já que os visitantes foram retirados da unidade logo depois que a TV noticiou o início da rebelião em São Paulo.
Os 770 presos voltaram para as celas por volta das 10h30 de hoje espontaneamente.
Na Penitenciária de Presidente Venceslau, 140 dos 740 presos se rebelaram por volta das 15h de ontem.
"Não houve reféns porque os agentes conseguiram fugir e as visitas já tinham sido retiradas por precaução", diz o diretor Carlos Panucchi, 48. O movimento foi controlado por volta das 20h.
Em Mirandópolis, os policiais usaram bombas de efeito moral para pôr fim à rebelião às 19h de domingo, sete horas depois do início da revolta.
Nove dos 280 visitantes ficaram como reféns. Três presos feridos levemente foram atendidos na Santa Casa de Mirandópolis. Uma refém grávida, em estado de choque, também foi encaminhada ao hospital.
A penitenciária tem cerca de 25 presos do PCC, segundo o diretor Alceu Paulo Faisting, 48.
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