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19/02/2001
-
20h41
FABIANE LEITE
da Folha Online
O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Marco Vinício Petrelluzzi, pela primeira vez admitiu que a polícia não tinha dimensão da articulação do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas penitenciárias paulistas.
Petreluzzi também informou que há outras organizações criminosas semelhantes, mas de menor expressão, atuando nas cadeias de São Paulo.
O PCC teria liderado as rebeliões em 29 penitenciárias paulistas iniciadas ontem. Pelo menos 16 detentos morreram durante os motins, 12 deles assassinados por outros presos. Quatro policiais ficaram feridos.
Os motins foram todos controlados hoje pela polícia.
"Onde você tem gente presa você tem organizações criminosas. Isso é da natureza da existência de criminosos presos. É bem verdade, a gente tem que reconhecer, que a dimensão desse movimento, ele foi acima da expectativa", afirmou o secretário logo após encontro com o governador em exercício Geraldo Alckmin (PSDB), a secretária nacional de Justiça Elisabeth Susskind e o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furokawa, no Palácio dos Bandeirantes, região sul de São Paulo.
O secretário, no entanto, elogiou o trabalho da polícia.
"É bem verdade também que a reação do governo foi muito adequada a esse tamanho (do movimento). Se é verdade que nunca havia havido um movimento simultâneo em 29 unidades, também é verdade que nunca nós tínhamos enfrentado com tamanho êxito uma situação limite como nós tivemos nesse final de semana", continuou Petreluzzi. "Talvez não tivéssemos a real dimensão da articulação que eles tinham nesse momento", continuou.
Segundo Petrelluzzi, há outras organizações dentro do sistema. "Esta ( o PCC) não é única. Talvez ela seja hoje a mais forte até porque algumas outras organizações foram enfrentadas e desmanteladas e isso acaba gerando um desequilíbrio", afirmou.
Para Petrelluzzi, no entanto, o grupo criminoso não foi subestimado pelo Estado, já que a polícia estaria enfrentando a organização.
Elisabeth afirmou, após o encontro, que o PCC tem organização, mas que o poder do grupo só é garantido pelo fato dos criminosos pressionarem outros detentos, por meio de ameaças, a participar das rebeliões. Ela confirmou a liberação de R$ 31 milhões para o sistema penitenciário de São Paulo.
Na reunião, segundo Petrelluzzi, foram definidas medidas para combater as rebeliões, mas ele disse que não poderia adiantá-las.
Leia especial sobre a rebelião
Petrelluzzi diz que polícia não tinha dimensão da articulação do PCC
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da Folha Online
O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Marco Vinício Petrelluzzi, pela primeira vez admitiu que a polícia não tinha dimensão da articulação do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas penitenciárias paulistas.
Petreluzzi também informou que há outras organizações criminosas semelhantes, mas de menor expressão, atuando nas cadeias de São Paulo.
O PCC teria liderado as rebeliões em 29 penitenciárias paulistas iniciadas ontem. Pelo menos 16 detentos morreram durante os motins, 12 deles assassinados por outros presos. Quatro policiais ficaram feridos.
Os motins foram todos controlados hoje pela polícia.
"Onde você tem gente presa você tem organizações criminosas. Isso é da natureza da existência de criminosos presos. É bem verdade, a gente tem que reconhecer, que a dimensão desse movimento, ele foi acima da expectativa", afirmou o secretário logo após encontro com o governador em exercício Geraldo Alckmin (PSDB), a secretária nacional de Justiça Elisabeth Susskind e o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furokawa, no Palácio dos Bandeirantes, região sul de São Paulo.
O secretário, no entanto, elogiou o trabalho da polícia.
"É bem verdade também que a reação do governo foi muito adequada a esse tamanho (do movimento). Se é verdade que nunca havia havido um movimento simultâneo em 29 unidades, também é verdade que nunca nós tínhamos enfrentado com tamanho êxito uma situação limite como nós tivemos nesse final de semana", continuou Petreluzzi. "Talvez não tivéssemos a real dimensão da articulação que eles tinham nesse momento", continuou.
Segundo Petrelluzzi, há outras organizações dentro do sistema. "Esta ( o PCC) não é única. Talvez ela seja hoje a mais forte até porque algumas outras organizações foram enfrentadas e desmanteladas e isso acaba gerando um desequilíbrio", afirmou.
Para Petrelluzzi, no entanto, o grupo criminoso não foi subestimado pelo Estado, já que a polícia estaria enfrentando a organização.
Elisabeth afirmou, após o encontro, que o PCC tem organização, mas que o poder do grupo só é garantido pelo fato dos criminosos pressionarem outros detentos, por meio de ameaças, a participar das rebeliões. Ela confirmou a liberação de R$ 31 milhões para o sistema penitenciário de São Paulo.
Na reunião, segundo Petrelluzzi, foram definidas medidas para combater as rebeliões, mas ele disse que não poderia adiantá-las.
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