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20/02/2001
-
04h22
RITA MAGALHÃES, do Agora São Paulo
Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra, apontado como principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) disse que vai comemorar sua liberdade, ainda este ano, com uma festa luxuosa.
O assaltante está condenado a 160 anos de prisão por ações criminosas em todo o interior de São Paulo. A legislação brasileira prevê, no máximo, o cumprimento de 30 anos de cadeia.
"Ainda este ano vamos comer caviar e tomar champanhe no paraíso", disse Sombra com exclusividade ao "Agora São Paulo", no dia 22 de janeiro.
Na oportunidade, também estavam presentes Jonas Mateus e Flávio Silva, o Macarrão, outros líderes do PCC, e mais dois integrantes da organização. Trajavam camisetas com a inscrição 15.3.3. nas costas. Os números correspondem à posição das letras PCC no alfabeto.
A conversa de uma hora foi acompanhada por três agentes penitenciárias.
"Nosso paizão"
Sombra, com jeito quieto e sorriso tímido, era chamado de pai pelos demais integrantes. "Ele é nosso paizão. É sempre assim, calado e quieto. Enquanto a gente fala, ele pensa", disse Macarrão.
"Somos uma família. Não estamos aqui para competir com a direção (da Casa de Detenção). Somos respeitados lá dentro porque não deixamos desgraças acontecerem", afirmou Sombra.
O principal líder da facção criminosa estava no Carandiru desde o último dia 19 de dezembro, após promover uma rebelião que deixou nove mortos na Casa de Custódia de Taubaté.
Na sexta-feira passada, ele e outros oito lideranças do PCC foram transferidos para outros presídios do Estado. Sombra, Mateus e Macarrão voltaram ao anexo de segurança máxima e estão detidos em celas solitárias.
Durante a entrevista, o principal líder do comando afirmou que a atenção dada pela imprensa à atuação do PCC é motivo de preocupação. "Esse holofote sobre as nossas cabeças só nos prejudica."
De acordo com ele, os meios de comunicação passaram a creditar qualquer ocorrência em presídios a sua organização, "até o que não é de sua autoria".
Requisitos
Jonas Mateus revelou que os requisitos exigidos para integrar as fileiras do PCC são: "ser bom ladrão e saber escapar da cadeia".
De acordo com as lideranças, os detentos procuram se integrar à organização para terem segurança de que vão sobreviver na cadeia. "Quando você faz parte do partido (o PCC é conhecido como Partido do Crime entre a população carcerária) nunca está sozinho",
afirmou Macarrão.
"Quando ficamos sabendo que alguém vai morrer, investigamos as causas. Se a morte tem ou não cabimento. Se houver razão, os envolvidos vão decidir a vida na rua 10 (local onde ocorrem as mortes na Detenção). Se for coisa fraca, tentamos amenizar a situação", revelou Mateus.
Lider do PCC diz que vai comemorar a liberdade
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Idemir Carlos Ambrósio, o Sombra, apontado como principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) disse que vai comemorar sua liberdade, ainda este ano, com uma festa luxuosa.
O assaltante está condenado a 160 anos de prisão por ações criminosas em todo o interior de São Paulo. A legislação brasileira prevê, no máximo, o cumprimento de 30 anos de cadeia.
"Ainda este ano vamos comer caviar e tomar champanhe no paraíso", disse Sombra com exclusividade ao "Agora São Paulo", no dia 22 de janeiro.
Na oportunidade, também estavam presentes Jonas Mateus e Flávio Silva, o Macarrão, outros líderes do PCC, e mais dois integrantes da organização. Trajavam camisetas com a inscrição 15.3.3. nas costas. Os números correspondem à posição das letras PCC no alfabeto.
A conversa de uma hora foi acompanhada por três agentes penitenciárias.
"Nosso paizão"
Sombra, com jeito quieto e sorriso tímido, era chamado de pai pelos demais integrantes. "Ele é nosso paizão. É sempre assim, calado e quieto. Enquanto a gente fala, ele pensa", disse Macarrão.
"Somos uma família. Não estamos aqui para competir com a direção (da Casa de Detenção). Somos respeitados lá dentro porque não deixamos desgraças acontecerem", afirmou Sombra.
O principal líder da facção criminosa estava no Carandiru desde o último dia 19 de dezembro, após promover uma rebelião que deixou nove mortos na Casa de Custódia de Taubaté.
Na sexta-feira passada, ele e outros oito lideranças do PCC foram transferidos para outros presídios do Estado. Sombra, Mateus e Macarrão voltaram ao anexo de segurança máxima e estão detidos em celas solitárias.
Durante a entrevista, o principal líder do comando afirmou que a atenção dada pela imprensa à atuação do PCC é motivo de preocupação. "Esse holofote sobre as nossas cabeças só nos prejudica."
De acordo com ele, os meios de comunicação passaram a creditar qualquer ocorrência em presídios a sua organização, "até o que não é de sua autoria".
Requisitos
Jonas Mateus revelou que os requisitos exigidos para integrar as fileiras do PCC são: "ser bom ladrão e saber escapar da cadeia".
De acordo com as lideranças, os detentos procuram se integrar à organização para terem segurança de que vão sobreviver na cadeia. "Quando você faz parte do partido (o PCC é conhecido como Partido do Crime entre a população carcerária) nunca está sozinho",
afirmou Macarrão.
"Quando ficamos sabendo que alguém vai morrer, investigamos as causas. Se a morte tem ou não cabimento. Se houver razão, os envolvidos vão decidir a vida na rua 10 (local onde ocorrem as mortes na Detenção). Se for coisa fraca, tentamos amenizar a situação", revelou Mateus.
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