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20/02/2001
-
11h50
MILENA BUOSI
da Folha Online
Os cerca de 22 mil funcionários do sistema penitenciário, entre agentes penitenciários, agentes administrativos, psicólogos e professores, do Estado de São Paulo ameaçam entrar em greve a partir de hoje.
Os funcionários estão reunidos nesta manhã na sede do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, na zona norte da capital paulista.
A decisão sobre uma possível paralisação deve ocorrer apenas no final do dia.
Os funcionários reivindicam, principalmente, a implantação de detectores de metais nos presídios, a revista em menores de 13 anos, em advogados e juízes.
Os agentes penitenciários querem ainda trabalhar com algum tipo de arma, e reivindicam reajuste salarial.
O sindicato afirmou que a rebelião ocorrida em 29 unidades prisionais do Estado, que deixou pelo menos 16 presos mortos, foi apenas um "ensaio" promovido pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que controlaria os presídios de São Paulo.
A rebelião ocorreu após a transferência, na última sexta-feira, de 10 líderes do PCC da Casa de Detenção e da Penitenciária do Estado, no Complexo do Carandiru, zona norte da capital paulista.
Os funcionários acreditam que uma megarebelião esteja para ocorrer em todo o Estado. "Essa rebelião foi só um teste para o sistema, para testar a força do governo. Uma megarebelião está para estourar, com fuga e tudo o que eles (integrantes do PCC) puderem fazer", disse o agente penitenciário Walter Tosti Júnior, diretor de base do sindicato.
"O PCC está mais forte do que o governo. Eles estão se alastrando por todo o país", disse.
O sindicato estima que existam 20 mil integrantes da facção só em São Paulo.
Tosti Júnior admitiu que existam agentes penitenciários corruptos que permitem a entrada de celulares nos presídios. No entanto, ele disse que os corruptos são minoria e que também existem diretores coniventes com a facção criminosa.
"Há conivência de diretores com o PCC, eles tomam conhecimento das ações e apóiam eles, cobram propina. Isso já foi denunciado e nada foi feito."
Leia especial sobre a rebelião
Funcionários do sistema penitenciário de SP ameaçam entrar em greve
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da Folha Online
Os cerca de 22 mil funcionários do sistema penitenciário, entre agentes penitenciários, agentes administrativos, psicólogos e professores, do Estado de São Paulo ameaçam entrar em greve a partir de hoje.
Os funcionários estão reunidos nesta manhã na sede do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, na zona norte da capital paulista.
A decisão sobre uma possível paralisação deve ocorrer apenas no final do dia.
Os funcionários reivindicam, principalmente, a implantação de detectores de metais nos presídios, a revista em menores de 13 anos, em advogados e juízes.
Os agentes penitenciários querem ainda trabalhar com algum tipo de arma, e reivindicam reajuste salarial.
O sindicato afirmou que a rebelião ocorrida em 29 unidades prisionais do Estado, que deixou pelo menos 16 presos mortos, foi apenas um "ensaio" promovido pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que controlaria os presídios de São Paulo.
A rebelião ocorreu após a transferência, na última sexta-feira, de 10 líderes do PCC da Casa de Detenção e da Penitenciária do Estado, no Complexo do Carandiru, zona norte da capital paulista.
Os funcionários acreditam que uma megarebelião esteja para ocorrer em todo o Estado. "Essa rebelião foi só um teste para o sistema, para testar a força do governo. Uma megarebelião está para estourar, com fuga e tudo o que eles (integrantes do PCC) puderem fazer", disse o agente penitenciário Walter Tosti Júnior, diretor de base do sindicato.
"O PCC está mais forte do que o governo. Eles estão se alastrando por todo o país", disse.
O sindicato estima que existam 20 mil integrantes da facção só em São Paulo.
Tosti Júnior admitiu que existam agentes penitenciários corruptos que permitem a entrada de celulares nos presídios. No entanto, ele disse que os corruptos são minoria e que também existem diretores coniventes com a facção criminosa.
"Há conivência de diretores com o PCC, eles tomam conhecimento das ações e apóiam eles, cobram propina. Isso já foi denunciado e nada foi feito."
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