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20/02/2001
-
13h59
MILENA BUOSI
da Folha Online
Mais três presos morreram na manhã de ontem por causa da rebelião deflagrada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo.
Os detentos morreram em um camburão no presídio de Andradina (640 km de SP) enquanto aguardavam transferência para outros presídios pelo fato de terem iniciado um motim com outros presos. A causa da morte foi asfixia.
Segundo informações da Polícia Civil do município, entre sexta-feira e sábado, 10 detentos que integrariam o PCC foram isolados em uma cela pela diretoria do presídio, com o objetivo de evitar uma rebelião no local.
A rebelião que ocorreu em 29 unidades prisionais de São Paulo ocorreu por causa da transferência de 10 líderes do PCC da Casa de Detenção e da Penitenciária do Estado, no Complexo do Carandiru, zona norte da capital.
A diretoria do presídio de Andradina acreditava que a rebelião ocorreria na segunda-feira, por isso isolou os 10 detentos. Os presos do local não chegaram a participar da megarebelião, iniciada no domingo e que só terminou na tarde de ontem.
Agentes penitenciários acreditavam que o motim no Estado ocorreria na segunda-feira, já que domingo é dia de visitas.
Por volta das 9h de ontem, após um início de motim realizado pelos presos que foram isolados, seis deles foram colocados em um camburão dentro do presídio, para que fossem transferidos. Três deles ficaram em um compartimento do camburão e outros três, em outro.
Um deles, Moacir Levy Correia, passou mal e foi levado à enfermaria do presídio. Outros dois detentos do mesmo compartimento iniciaram uma briga e Robério Gonçalves de Oliveira tentou enforcar o colega Francisco Cavalcante Silva, que morreu.
Segundo o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) do município, Tadeu Aparecido Carvalho Coelho, Robério confessou ser integrante do PCC e disse que não pretendia matar o colega.
Enquanto isso, os outros três presos que estavam no outro compartimento do camburão desmaiaram. Dois deles, Antônio Soarez da Silva e Osiel Rodrigues, morreram por asfixia. Edilson Francisco de Araújo sobreviveu. Os presos só foram encontrados no final da tarde.
O delegado instaurou inquérito para apurar a responsabilidade dos funcionários do presídio na morte dos detentos. Eles deverão ser ouvidos ainda hoje pela polícia. "Vamos tentar fazer o reconhecimento do pessoal envolvido do presídio durante a tarde", disse o delegado.
Segundo ele, o camburão é um veículo semelhante a um carro-forte que possui ventilador na parte superior. Ainda de acordo com o delegado, o ar entra no camburão quanto ele está em movimento.
Leia especial sobre as rebeliões
Sobe para 19 número de mortos envolvidos em rebelião em SP
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da Folha Online
Mais três presos morreram na manhã de ontem por causa da rebelião deflagrada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado de São Paulo.
Os detentos morreram em um camburão no presídio de Andradina (640 km de SP) enquanto aguardavam transferência para outros presídios pelo fato de terem iniciado um motim com outros presos. A causa da morte foi asfixia.
Segundo informações da Polícia Civil do município, entre sexta-feira e sábado, 10 detentos que integrariam o PCC foram isolados em uma cela pela diretoria do presídio, com o objetivo de evitar uma rebelião no local.
A rebelião que ocorreu em 29 unidades prisionais de São Paulo ocorreu por causa da transferência de 10 líderes do PCC da Casa de Detenção e da Penitenciária do Estado, no Complexo do Carandiru, zona norte da capital.
A diretoria do presídio de Andradina acreditava que a rebelião ocorreria na segunda-feira, por isso isolou os 10 detentos. Os presos do local não chegaram a participar da megarebelião, iniciada no domingo e que só terminou na tarde de ontem.
Agentes penitenciários acreditavam que o motim no Estado ocorreria na segunda-feira, já que domingo é dia de visitas.
Por volta das 9h de ontem, após um início de motim realizado pelos presos que foram isolados, seis deles foram colocados em um camburão dentro do presídio, para que fossem transferidos. Três deles ficaram em um compartimento do camburão e outros três, em outro.
Um deles, Moacir Levy Correia, passou mal e foi levado à enfermaria do presídio. Outros dois detentos do mesmo compartimento iniciaram uma briga e Robério Gonçalves de Oliveira tentou enforcar o colega Francisco Cavalcante Silva, que morreu.
Segundo o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) do município, Tadeu Aparecido Carvalho Coelho, Robério confessou ser integrante do PCC e disse que não pretendia matar o colega.
Enquanto isso, os outros três presos que estavam no outro compartimento do camburão desmaiaram. Dois deles, Antônio Soarez da Silva e Osiel Rodrigues, morreram por asfixia. Edilson Francisco de Araújo sobreviveu. Os presos só foram encontrados no final da tarde.
O delegado instaurou inquérito para apurar a responsabilidade dos funcionários do presídio na morte dos detentos. Eles deverão ser ouvidos ainda hoje pela polícia. "Vamos tentar fazer o reconhecimento do pessoal envolvido do presídio durante a tarde", disse o delegado.
Segundo ele, o camburão é um veículo semelhante a um carro-forte que possui ventilador na parte superior. Ainda de acordo com o delegado, o ar entra no camburão quanto ele está em movimento.
Leia especial sobre as rebeliões
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