Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/02/2001 - 18h17

Secretário admite que há celulares no Carandiru

Publicidade

FABIANE LEITE
da Folha Online

O secretário da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, Nagashi Furukawa, admitiu hoje que ainda há telefones celulares no Complexo Penitenciário do Carandiru, zona norte de São Paulo, depois da revista feita pela polícia no local. "Reconhecemos que depois da revista alguns celulares permaneceram lá".

De acordo com o secretário, a polícia tem dificuldades para remover os aparelhos, porque eles são pequenos e podem ser escondidos em qualquer lugar.

"Exitem coisas que a capacidade humana não consegue alcançar", justificou.

Os telefones celulares foram essenciais para que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) comandasse as 25 rebeliões da capital no início da semana.

Presos do Complexo têm falado com a imprensa e familiares por meio de celulares.

As informações foram apresentadas pelo secretário durante uma entrevista coletiva, pela manhã.

Furukawa também comentou a colocação de supostas faixas do PCC na cidade, que pedem paz e negam a intenção do grupo de fazer rebeliões. "Eu não sei destas faixas. Se o intuito das pessoas presas é de paz, é o que nós desejamos",. afirmou.

O secretário também disse que tem de ser investigada a suposta ajuda financeira do PCC à família de uma criança ferida durante as rebeliões. "Se (o dinheiro) chegou de origem criminosa, tem de ser investigado".

O secretário mostrou irritação durante a entrevista coletiva e culpou governos anteriores pelos problemas no sistema prisional do Estado.

Ele negou ainda a possibilidade de privatizar as prisões, pois disse que isso não é permitido pela lei.

Muito aborrecido, Furukawa afirmou também que sua ida à Casa de Detenção em dezembro do ano passado foi apenas para ouvir reivindicações dos presos e não para negociar com o crime organizado.

Leia especial sobre a rebelião
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página