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12/06/2000 - 18h01

Sequestro de ônibus dura 3 horas; ladrão tenta fugir com veículo

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da Folha Online, em São Paulo

Um dos assaltantes que sequestrou um ônibus do Rio de Janeiro ameaça agora sair com o veículo. Além disso, ele está acendendo e apagando as luzes do ônibus. A PM colocou um carro em frente ao ônibus para evitar que o assaltante saia do local. O sequestro dura três horas.

Antes disso, ele passou a torturar a terceira refém, uma garota de cabelos pretos, compridos, de óculos. Às vezes, ele coloca a arma na nuca, no rosto e na boca da refém. Faz contagem regressiva e "marcha" com a garota pelo ônibus.

Antes, ele já havia feito o mesmo com outras duas mulheres. O assaltante deu dois tiros. Um para dentro e outro para fora do veículo. "Pelo amor de Deus, me ajudem. Ele vai me matar. Ele acabou de matar uma refém", grita, desesperadamente, uma das mulheres feitas de refém. Ainda não há confirmação de que o tiro tenha atingido alguém. "Já matei uma. Vou matar outra", gritou o assaltante. Em seguida, ele passou a fazer uma contagem regressiva, ameaçando matar a mulher na frente de policiais e jornalistas.

Antes disso, ele marchou com uma das reféns, identificada como Luana Guimarães, 17, dentro do veículo. Ele segura a refém, uma estudante, pelos cabelos e aponta um revólver na sua nuca. Ele usa um lençol azul para cobrir a cabeça e o corpo da estudante. Teoricamente, seria essa estudante a garota baleada.

O sequestro já dura três horas. O assaltante exige R$ 1.000, armas e granadas. O ladrão também ameaça atirar contra os policiais.

Três reféns foram libertados. Segundo o coronel Nilton Lourenço, relações públicas da PM, são dois os assaltantes. No entanto, apenas um aparece na janela.

Em determinado momento, esse assaltante, de boné preto e óculos escuros, colocou a cabeça para fora do veículo e gritou para os policiais que a ação não se tratava de um filme. Ele ameaçou também arrancar a cabeça de uma das reféns. Ele também afirmou que iria atirar.

Após essa ameaça, a Polícia Militar retirou todos os jornalistas de perto do ônibus. As ameaças do assaltante foram feitas para os repórteres.

Pouco antes, um homem havia sido liberado. Ele estava vestindo bermuda e camiseta listrada. O homem saiu do ônibus por uma das janelas. Esse foi o segundo refém a ser liberado. Ainda não há informações sobre a primeira pessoa liberada.

Um das reféns, sob a mira de um revólver, escreveu com um batom, em um dos vidros do ônibus, a seguinte frase: "Ele tem pacto com o diabo, e mostrou no braço dele um punhal e um diabo desenhado, que me assustou muito".

O assaltante, além de apontar um revólver para a cabeça da mulher, está dando uma "gravata" no pescoço dela. Ele caminha pelo veículo "arrastando" a refém.

Os assaltantes estão exigindo armas para liberar o veículo e também que os policiais militares se afastem do local. Quatro PMs estão negociando neste momento com o assaltante. Ainda não se sabe ao certo o número de reféns. Ele varia entre quatro e oito.

Em determinados momentos, um dos assaltantes aponta a arma para fora do ônibus, em direção a policiais, jornalistas e curiosos. Ele já deu um tiro para fora do veículo.

O ônibus está na rua Jardim Botânico, no bairro de mesmo nome. O assalto começou por volta das 15h desta segunda-feira (12). O 23º Batalhão de Polícia Militar informou que cerca de 200 homens estão no local.

A rua está interditada. O desvio dos carros está sendo feito pela Lagoa Rodrigo de Freitas. O CTPA (Controle da Tráfego por Área) aconselha os motoristas a não se dirigirem para a região.

O ônibus da linha 174 faz o percurso entre o bairro da Gávea e a Central do Brasil, no centro da cidade.

O Jardim Botânico é considerado um dos bairros mais nobres da zona sul da cidade. Próximo de pontos turísticos, como a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Parque Jardim Botânico, o local é considerado uma das áreas mais tranquilas do Rio por não ficar próximo de morros e favelas.

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